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Líder do PDT defende candidatura de Paulinho à Prefeitura de SP

Por Daniela Martins | Valor

BRASÍLIA – O líder do PDT na Câmara, deputado André Figueiredo (CE), afirmou nesta terça-feira que caberá ao deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (SP), decidir sobre sua candidatura à Prefeitura de São Paulo.

“O Paulinho está como pré-candidato. Ele tem dito reiteradas vezes que vai manter a candidatura. O partido delegou ao Paulinho a decisão. Nós queremos que ele seja candidato”, afirmou.

Para o deputado, a meta da do PDT é eleger 500 prefeitos em todo país e comandar pelo menos quatro capitais. O PDT será aliado do PT em Manaus, Curitiba, Maceió e Natal. Existe a possibilidade de alianças em outras capitais, como Salvador e Recife.

O deputado do PDT afirmou também que as eleições de outubro podem ser um “divisor de águas” para o governo. O parlamentar afirma que será um teste à alta popularidade da presidente Dilma Rousseff, e também aos partidos alinhados com o governo. “Em 2008, todo mundo queria ser o candidato do  Lula. Eu não vejo isso hoje, essa preocupação em ser o candidato da Dilma”, afirmou, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Figueiredo, algumas legendas têm criticado o tratamento recebido do Palácio do Planalto, o que pode se refletir no pleito municipal. Ele ainda citou problemas nas reuniões do conselho político, nas quais os líderes da base governista discutem as ações do Planalto. “Quando elas acontecem, não é um conselho político. É uma forma unilateral de passar um projeto que já vai ser encaminhado. Não há discussão sobre esses projetos. Nenhuma discussão.”

Ele disse ainda que não se cumpriu a promessa do governo em realizar reuniões semanais com as bancadas parlamentares, para melhorar a interlocução política com o Planalto.

Crítico à escolha de Brizola Neto (PDT) para o comando do Ministério do Trabalho, Figueiredo evitou falar em problemas de relacionamento da sigla com o ministro. O deputado afirmou que a indicação de Brizola está “pacificada” entre os pedetistas. No entanto, ele voltou a apontar o esvaziamento da Pasta, que teria perdido atribuições para outros ministérios. Ele citou como exemplo o diálogo com as centrais sindicais,  atualmente concentrado na Secretaria-Geral da Presidência da República.

(Daniela Martins/Valor)