Diário do Pará
A participação no mercado de trabalho está menor. A conclusão é do estudo “Jovens no Mercado de Trabalho”, divulgado ontem pelo escritório paraense do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA).
O estudo sobre jovens de 15 a 24 anos no Pará – feito com base em informações do próprio Dieese e do IBGE (PNAD/2009 – Indicadores Sociais 2010) e do Ministério do Trabalho (RAIS/2010) – conclui que “por maiores avanços que tenham tido nos últimos anos, ainda faltam políticas públicas mais arrojadas. Faltam empregos e a renda continua muito baixa”.
Segundo o Dieese, a população jovem no Pará é hoje de 1,4 milhão, mas eles representam somente 20% das pessoas empregadas no Estado. O estudo aponta que o nível de ocupação dos jovens paraenses caiu de quase 26%, em 2005, para cerca de 20% em 2009.
CONFERÊNCIA
Essa é uma das questões que preocupam os 650 jovens que participam da 2ª Conferência Estadual da Juventude do Pará, aberta ontem à noite no Hangar-Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, com a participação do secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, José Acreano Brasil Jr., e do secretário executivo do Conselho Nacional de Juventude e assessor da Secretaria Nacional de Juventude, Rodrigo Amaral.
A conferência, que será encerrada hoje à tarde, é preparatória para a 2ª Conferência Nacional de Juventude, que será realizada de 9 a 12 de dezembro, em Brasília.
O coordenador da Conferência, Simão Bastos, explicou que construção da conferência envolveu a realização de 13 plenárias regionais em todo o Estado para o debate de propostas que serão incluídas no Plano Estadual de Políticas Públicas para a Juventude.
O secretário Acreano Brasil disse que algumas propostas já estão sendo efetivadas, como o Programa de Combate à Exploração Juvenil no Marajó, que já está provendo ações em Portel, Curralinho, Breves e Melgaço. Ele anunciou ainda a construção da Praça da Juventude, no espaço do antigo Iate Clube de Belém, que será licitada em novembro, além da Casa da Juventude e o programa Escola Democrática, em conjunto com a Secretaria de Estado de Educação, para dar formação aos líderes de turmas das escolas públicas.
SALÁRIOS
Segundo o Dieese, a maioria dos jovens empregados recebe salários baixos. Em 2009, 32,5% dos 614.560 jovens empregados no Estado “recebiam até meio salário mínimo de remuneração média mensal; 37,1% recebiam de meio a um salário mínimo e só 28,70% recebiam mais de um salário.