foto Jaélcio Santana
Os membros do Copom (Comitê de Política Monetária) decidiram pela manutenção da taxa Selic e, desta forma, mostraram que continuam insensíveis ao sofrimento de milhares de brasileiros que estão fora do mercado de trabalho ou em condições precárias na informalidade.
Segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil foi de 12,7 milhões de pessoas no 1º trimestre de 2019, sem contar os que estão na informalidade, que somam 35,2 milhões de trabalhadores entre aqueles que exercem atividade sem carteira assinada ou por conta própria.
O Copom segue regiamente a cartilha dos rentistas, de manter a inflação sob controle em detrimento destes milhares de trabalhadores que estão na informalidade, ou em busca de uma ocupação.
O Banco Central perdeu uma ótima oportunidade para promover uma drástica redução na taxa básica de juros, que poderia funcionar como um estímulo para a criação de novos empregos e para o aumento da produção no País. Ou seja: mais uma vez o Banco Central frustra os anseios dos trabalhadores.
Vale destacar que juros altos sangram o País e inviabilizam o desenvolvimento. O pagamento de juros, por parte governo, consome e restringe consideravelmente as possibilidades de crescimento do País, bem como os investimentos em educação, saúde e infraestrutura, entre outras demandas.
Geração de empregos com mais renda, transporte de qualidade e moradias dignas só serão possíveis com juros em patamares baixos.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, CNTM e Força Sindical