Juros continuam altos e impedem a retomada da economia,
imprescindível para a geração de empregos e a distribuição justa da renda
“O corte da Selic em 0,5 ponto percentual, pelo Copom, na quarta, 6 de dezembro de 2017, pode até ser visto como um grande benefício do governo para a economia, mas esta redução não é nenhum favor e tampouco alivia o sofrimento de milhões de brasileiros que precisam dos empregos de qualidade, de renda, saúde e moradia.
Esta ínfima redução da taxa de juros, para 7% ao ano, não vai ajudar a construir moradia popular nem irá melhorar o saneamento básico, a saúde e outros serviços básicos.
A Selic, que serve de referência para outras taxas cobradas pelo mercado financeiro, não vai influenciar nenhuma queda radical, e necessária, nos juros dos financiamentos pessoais, da produção e do cheque especial, que vão continuar extremamente elevados.
O modelo econômico eleito pelo governo continua prestigiando o grande capital, a exemplo das reformas em curso no País que vão precarizando a vida dos trabalhadores e das trabalhadoras”.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM e vice-presidente da Força Sindical