Paulo Segura
Jovens e dirigentes sindicais na abertura do 2º Encontro
Os jovens lotaram o auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo no 2º Encontro da Juventude Metalúrgica. O evento foi realizado pelo Departamento da Juventude, coordenado pelo diretor Jefferson Coriteac, nesta sexta-feira, 6 de setembro.
Na abertura do evento, o deputado federal Paulinho, presidente da Força Sindical, falou sobre o crescimento da central em todo o País, lembrou aos participantes que os direitos de hoje foram fruto de muita luta sindical no passado e que é preciso ter atuação política para impedir no Congresso Nacional que os grupos conservadores impeçam a ampliação das conquistas trabalhistas e sociais. “Os jovens precisam continuar nas lutas nas portas de fábrica e ampliar sua participação política no País, para manter a chama da esperança, pensar e agir por uma vida melhor para todos, e a luta é permanente!”, disse Paulinho da Força.
O secretário-geral do Sindicato, Jorge Carlos de Morais, o Arakém, disse que “um país só é forte com a participação de sua juventude, em conjunto com os companheiros com mais experiência de luta, para dar continuidade à mobilização por mais direitos”.
Alex Lima, tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, foi um dos convidados sindicalistas. “A juventude brasileira não pode ficar excluída da vida nacional e deve ocupar o tempo de forma produtiva, no esporte e cultura, participando de ações sociais e preparando-se para ocupar cargos de decisão política”.
Elza Pereira, diretora de finanças do Sindicato, lembrou que o Brasil vive um momento especial com a participação dos jovens exigindo mudanças. “O nosso Sindicato sempre esteve nas ruas exigindo mudanças, com objetivo, sem violência. Acredito que os jovens metalúrgicos devem procurar seus sonhos, com fé em Deus e ação, buscando nos estudos e nas atividades políticas, sindicais e sociais o caminho da transformação!”.
Miguel Torres, presidente do Sindicato, da CNTM, e vice-presidente da Força Sindical, encerrou os depoimentos de abertura, com um chamado para a participação dos jovens metalúrgicos, com propostas para a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2013, nas lutas nacionais em defesa da manutenção e ampliação dos direitos trabalhistas, contra a terceirização e pela jornada de 40 horas semanais, e também em ações de solidariedade e de cidadania, principalmente nos bairros mais carentes da cidade.
“Quem já tem mais experiência deve sim passar o bastão para o jovem continuar a luta, mas esta passagem tem que ter qualidade, pois os futuros militantes e agentes sociais deverão estar preparados para atuar com responsabilidade e consciência política em defesa da coletividade”, comenta Miguel Torres.
Palestras – O consultor sindical e ex-ministro Antônio Rogério Magri falou sobre a história do Movimento Sindical e como desenvolver o tema do Departamento: “Jovens para o Sindicato, Sindicato para os Jovens”.
Depois, o senador Luiz Lindbergh Farias Filho, que despontou na política como membro dos chamados “caras pintadas”, que no início dos anos 1990 foram às ruas pedir o impeachment do então presidente Collor, falou sobre a “Importância dos Jovens na Política Partidária e na Política Sindical”. Para o senador, é preciso “transformar a democracia representativa, que está em crise no País, e construir uma democracia mais participativa, próxima da vida real, com mais trabalhadores na política para defender seus interesses de classe”. Lindbergh defendeu a participação dos jovens no mundo sindical, política e partidário. “Jovens que estão aqui neste encontro podem se tornar importantes líderes nacionais”.
A segunda etapa do 2º Encontro da Juventude Metalúrgica, no período da tarde, contou com grupos de trabalho (para definição de propostas dos jovens para o Sindicato) e atividades musicais e teatrais, com participação especial do ator Marcos Frota.
Para o diretor Jefferson Coriteac, responsável pela organização do evento, o 2º Encontro da Juventude Metalúrgica deu uma “injeção de ânimo no pessoal, fazendo com que o Sindicato tenha ainda mais responsabilidade de lutar pelos interesses dos jovens trabalhadores e criar espaços para que possam expressar de forma permanente seus anseios pessoais e profissionais”.
Por Val Gomes
Assessor de Comunicação CNTM/Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo
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