Em Catalão, a programação do Dia Nacional de Luta contou com atividades de 6 às 22 horas. Aproximadamentecinco mil pessoas participaram das ações desenvolvidas pela Frente Sindical Contra as Reformas ao longo do dia.
Logo pela manhã, os metalúrgicos da Mitsubishi e da John Deere paralisaram a produção por duas horas para participarem de uma assembleia especial no Distrito Mínero-Industrial de Catalão (DIMIC). Eles assistiram uma palestra que esclareceu os malefícios das reformas e vídeos educativos também foram transmitidos em um telão.Em seguida, os mesmos esclarecimentos foram levados para os trabalhadores das mineradoras. Eles permaneceram mobilizados no trevo que dá acesso às mineradoras em média três horas. O ato foi encerrado com um recado dos trabalhadores aos deputados federais, onde eles pediram que a bancada goiana vote contra as reformas.
Já na parte da tarde, o momento de aprendizado foi restrito aos diretores e funcionários das entidades que integram a Frente Sindical. O encontro aconteceu no auditório do Sindicato Metabase. “Nosso dia 15 foipara compartilhar informação. Está na hora de as pessoas entenderem o que são as reformas e quais serão os prejuízos que teremos. Querem acabar com a aposentadoria e com os direitos dos trabalhadores. Não é justo! Quanto mais pessoas tiverem consciência do tamanho do problema, teremos mais chances de fazer uma mobilização forte”, afirma Carlos Albino, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT).
E para encerrar o Dia Nacional de Luta, no período noturno uma aula pública foi realizada no auditório da Universidade Federal de Goiás (UFG). Esta foi a segunda vez que a Frente Sindical Contra as Reformas promoveu o debate com a comunidade em geral. O foco em esclarecer sobre os projetos propostos pelo Governo Federal tem o intuito de capacitar a todos para que sejam multiplicadores das informações e das ameaças que o povo brasileiro está sofrendo.
Todas as aulas e palestras foram ministradas pelo jornalista, analista político e assessor parlamentar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Marcos Verlaine. Segundo ele, é importante que a sociedade compreenda a proposta das reformas e se envolva no debate, pois todos serão impactados pelas mudanças. “De forma geral, não podemos considerar que as reformas são ‘reformas’, afinal, quando reformamos algo é para melhorar e do jeito que estão colocados, os projetos são uma verdadeira destruição da previdência e da legislação trabalhista”, alerta.
A Frente Sindical Contra as Reformas foi lançada dia 31 de janeiro, em Catalão. Atualmente, fazem parte do coletivo: Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT), Sindicato dos Comerciários de Catalão (SindCom), Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Catalão (SindTransporte), Sindicato Metabase, Sindicato dos Motoristas Cegonheiros de Goiás (SMCEG), a Federação dos Metalúrgicos de Goiás (FEM-GO), Federação dos Trabalhadores Químicos do Centro-Oeste (FEQUIM), Força Sindical Goiás, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Associação dos Docentes do Campus Catalão (ADCAC/UFG) e o Movimento Camponês Popular (MCP).
Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT