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Inflação pelo IGP-DI desacelera e fica em 1,12% em julho, informa FGV

da Folha Online

O IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) teve desaceleração em julho, registrando alta de 1,12%, contra alta de 1,89% em junho. No ano, o índice acumula alta de 8,35% e, nos últimos 12 meses, a alta acumulada foi de 14,81%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

A metodologia aplicada na apuração do IGP-DI é a mesma do IGP-M e do IGP-10 –usados no reajuste, por exemplo, de contratos de aluguel–, também apurados pela FGV, com a única diferença de ter um período de coleta diferente. O IGP-DI de julho foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 31 do mês de referência.

O IPA (Índice de Preços por Atacado) subiu 1,28%, contra 2,29% em junho. O índice relativo a Bens Finais desacelerou, para uma alta de 0,44%, contra 0,99% um mês antes, com a a redução nos preços do subgrupo alimentos in natura (de 5,64% para -2,54%). Excluídos alimentos in natura e combustíveis, o índice teve alta de 0,65%, contra 0,52% em junho.

O índice do grupo Bens Intermediários desacelerou para uma alta de 1,86% em julho, ante 2,59% em junho, com destaque para a redução no índice do subgrupo materiais e componentes para a construção (de 3,70% para 1,70%).Excluídos combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice teve alta de 1,73%, contra 2,41% um mês antes.

No estágio das Matérias-Primas Brutas, houve redução de 3,33% em junho para 1,39% em julho. Os destaques foram soja em grão (10,17% para 2,01%), bovinos (11,29% para 3,53%) e leite in natura (0,56% para -2,59%). Já os preços do milho em grão (-1,20% para 5,71%), da laranja (-10,81% para 1,77%) e do tomate (-6,15% para 0,44%) subiram.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) teve desaceleração, apresentando alta de 0,53%, contra 0,77% em junho. A maior contribuição para a desaceleração veio do grupo Alimentação (1,85% para 0,83%), com destaque para carnes bovinas (8,05% para 3,39%), arroz e feijão (11,18% para 2,29%) e hortaliças e legumes (0,83% para -1,66%). Também desaceleraram os preços nos grupos Vestuário (0,56% para -0,54%) e Educação, Leitura e Recreação (0,37% para 0,22%), com destaque para roupas (0,89% para -0,92%) e passagem aérea (5,43% para -0,76%).

Já os grupos Habitação (0,33% para 0,59%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,69%), Transportes (0,05% para 0,19%) e Despesas Diversas (0,36% para 0,43%) tiveram alta em seus preços, com destaque para tarifa de eletricidade residencial (-0,91% para 1,42%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,81% para 1,37%), gás natural veicular (2,24% para 4,12%) e alimento para animais domésticos (1,20% para 2,17%). O núcleo do IPC desacelerou para 0,30% em julho, 0,14 ponto percentual abaixo da apurada em junho, 0,44%.

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) teve alta de 1,46%, abaixo do resultado de junho, 1,92%. O grupo Serviços teve redução no mês passado, para 1,05%, contra 1,43% em junho. Os preços no grupo Mão-de-Obra passaram de 2,25% em junho para 1,14% em julho, devido aos impactos decrescentes dos reajustes salariais nas cidades de São Paulo, Goiânia, Florianópolis, Fortaleza e Brasília e crescentes em Porto Alegre e Curitiba. A taxa do grupo Materiais avançou de 1,68% para 1,88%.