Em apenas dois meses, a inflação oficial acumula alta de 6% em 12 meses e já começa a ameaçar a meta do governo para este ano, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Pelos cálculos do Banco Central, a inflação pode chegar a até 6,5%, já que o centro da meta é de 4,5% com possibilidade de oscilação de dois pontos para cima ou para baixo. A aceleração tem sido notada desde outubro do ano passado, quando o IPCA estava em 5,20%.
Depois, o indicador passou para 5,63% (novembro), 5,91% (dezembro) e 5,99% (janeiro). O motivo tem a ver com os preços dos alimentos, que acumularam alta devido às chuvas no final do ano e a pressão global nos valores – causadas em parte por dificuldades no plantio.
Somente os gastos escolares responderam pela metade da inflação oficial no mês de fevereiro. Em seguida, as despesas pessoais (19%), transporte (11%), alimentação (6%) e habitação (5%).
Isso significa que os reajustes dos cursos profissionalizantes, faculdades e demais cursos responderam por 51% do IPCA. No segundo lugar do ranking, os gastos com cigarro, azar e salários de empregados domésticos foram os que mais contribuíram seguidos por despesas em supermercados, alimentação fora de casa, aluguel, condomínio, gás e impostos com luz e telefone.