Segundo FGV, indicador subiu 0,91% no período contra 1,30% no segundo trimestre
Alessandra Saraiva, da Agência Estado
RIO – O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação entre os idosos, perdeu força no terceiro trimestre deste ano. O indicador subiu 0,91% contra 1,30% no segundo trimestre, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o IPC-3i acumula altas de 4,45% no ano e de 7,01% em 12 meses.
A inflação medida pelo IPC-3i foi superior à do Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação no varejo em todas as faixas etárias e subiu 0,86% no segundo trimestre.
Porém, o impacto de preços entre os idosos no acumulado em 12 meses até setembro foi mais fraco do que o IPC-BR para o mesmo período (7,14%).
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador, seis apresentaram decréscimos em sua taxa de variação de preços, do segundo para o terceiro trimestre. É o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 2,37% para 1,19%), Habitação (de 1,71% para 1,25%); Educação, Leitura e Recreação (de 2,33% para -0,27%); Vestuário (de 2,93% para 0,77%), Despesas Diversas (de 1,06% para 0,15%) e Transportes (de 1,17% para 0,63%).
O único grupo a mostrar aceleração de preços, no período, foi o de Alimentação (0,15% para 0,82%, pressionado por aumentos de preços em frutas (10,22%), carnes bovinas ( 2,74%) e adoçantes (8,75%).
Entre os produtos pesquisados, as altas mais expressivas de preço entre os idosos no período foram registradas em limão (187,42%); plano e seguro saúde (1,92%); leite tipo longa vida (6,18%). Já as mais significativas quedas foram apuradas em batata-inglesa (-29,93%); alho (-28,72%); e tomate (-19,71%).
O IPC-3i abrange famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais de idade, e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.