Valor Econômico
Por Arícia Martins
SÃO PAULO – Como o número de horas pagas aos trabalhadores pela indústria continua sendo superior à produção – mesmo com as demissões efetuadas a partir de outubro –, a produtividade do setor seguiu negativa em 2011, acumulando queda de 0,2% de janeiro a novembro, na comparação com igual período de 2010. Na passagem de outubro para novembro, no entanto, o indicador de produtividade melhorou, com alta de 0,5%.
Os cálculos foram feitos pelo Valor com base na Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) de novembro, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Pimes apontou aumento de 0,6% no volume de horas trabalhadas no setor no acumulado do ano. Na mesma comparação, a produção cresceu apenas 0,4%, resultando em perda da produtividade.
Na comparação entre novembro de 2011 e igual mês de 2010, a produtividade recuou 0,9%. Em 12 meses, a retração é de 0,3%.
Mesmo com a produtividade patinando no ano, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria acumula ganho de 4,3% em 2011. Entre outubro e novembro, descontadas as sazonalidades, o aumento é de 0,3%, após dois meses consecutivos de perda. Em relação a novembro de 2010, a folha de pagamento real da indústria cresceu 2,1%. No acumulado em 12 meses, o avanço é de 4,5%. (Arícia Martins | Valor)
