Vinícius Segalla e Folha Online
do Agora
O nível de emprego da indústria de transformação no Estado de São Paulo fechou abril com avanço de 0,8% na comparação com março, segundo levantamento da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Com isso, o setor abriu 19 mil vagas no mês passado. Trata-se do segundo mês seguido de alta.
Já em relação a abril do ano passado, a queda no nível de emprego foi de 6,76%, o que representa um corte de 172,5 mil vagas no setor.
No mês passado, dos 22 setores pesquisados, 17 tiveram desempenho negativo e 5 mais contrataram que demitiram. O que mais contratou foi o de fabricação de produtos derivados de petróleo e biocombustível, com alta de 15% no nível de emprego, seguido por produtos alimentícios, com 10%.
O setor sucroalcooleiro foi responsável pela geração de 28 mil vagas em abril, enquanto os outros setores cortaram 9.000 postos de trabalho no Estado.
Já os setores que mais demitiram foram o de processamento de madeiras, com queda de 4,3%, e o de metalurgia, com recuo de 2,6%.
Recuperação
Apesar do saldo de empregos no ano ainda estar negativo, a Fiesp acredita que o pior momento da crise econômica, com demissões em massa nas fábricas, já tenha passado. “A força maior de redução de empregos já ocorreu. Podemos acreditar em uma estabilidade já a partir deste mês”, diz Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp.
A entidade também divulgou ontem o Sensor–indicador de perspectivas da indústria. O índice foi de 53,2 pontos neste mês, contra 51,4 pontos em abril. O índice varia entre zero e cem pontos, sendo que acima de 50 pontos indica otimismo e, de 50 para baixo, pessimismo.