Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Piracicaba/SP

Hyundai deve criar 700 empregos em Piracicaba com 3º turno

MATEUS MEDEIROS

O Sindicato dos Metalúrgicos e a Hyundai iniciaram nesta terça-feira (26) as tratativas para a criação do terceiro turno de produção na fábrica de Piracicaba (SP). O aumento era uma reivindicação sindical desde o início das operações da empresa no Brasil. A montadora sul-coreana não confirma, mas segundo o sindicato a Hyundai vai contratar 700 operários com o terceiro turno. Nas empresas fornecedoras, devem ser criadas mais 1.000 vagas. A planta de Piracicaba produz o HB20, modelo popular criado pela empresa para o mercado brasileiro.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e Região, o vereador José Luiz Ribeiro (PDT), os funcionários da fábrica têm sofrido com a alta demanda de produção. “Cada operário faz uma média de duas horas extras por dia. A Hyundai tem uma demanda impressionante e o excesso de trabalho prejudica a qualidade de vida do funcionário e aumenta o risco de acidentes”, disse o sindicalista.

Conforme o sindicato, a Hyundai tem 1.900 funcionários e as fornecedoras empregam mais 4.000 pessoas. “Este terceiro turno é como se fosse uma nova empresa em Piracicaba. Para nós é uma ótima notícia. Se a Hyundai tivesse continuado com dois turnos, poderia haver nova paralisação na unidade”, completou José Luiz durante entrevista coletiva nesta terça.

Negociações

Apesar de confirmar a criação do terceiro turno na fábrica, a Hyundai ainda não divulgou quantos funcionários serão contratados, nem quando a mudança vai ocorrer. Por meio de assessoria, a empresa relatou somente que irá definir os termos com o Sindicato dos Metalúrgicos. A montadora também não se posiciou sobre as críticas da entidade sobre o excesso de horas extras.

Entre as definições a serem tomadas está o prazo para a implantação do turno. “Eles disseram que precisam de até cinco meses para treinar todo o pessoal novo, mas nós queremos que esse tempo diminua”, disse José Luiz.

A carga horária também precisará ser acordada, pois hoje há dois turnos de 44 horas semanais. “Não dá para os três turnos serem de 44 horas por semana. Ou o novo horário terá menos que os outros ou todos diminuirão a carga para ficarem iguais”, falou o sindicalista.

Fonte: G1


Matéria encaminhada por Ricardo Flaitt (Alemão)
(11) 9 7153.5984 / (11) 9 4846.2208
Assessoria de Imprensa da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo
imprensa@federacaodosmetalurgicos.org.br
www.fedmetalsp.org.br