Após cinco dias de paralisação, foi encerrada a greve dos trabalhadores metalúrgicos e da construção civil das empresas Central Metalúrgica Catalana (CMC) e Catalana Construções e Montagem Ltda (CCM). Na tarde da sexta-feira (13), os trabalhadores juntamente com os Sindicatos dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) e da Construção Civil (SINTRACOM) entraram em acordo com a empresa. Diversos itens da pauta de reivindicações foram atendidos.
A mobilização nas empresas é histórica e a vitória inédita. A união dos trabalhadores fez toda diferença para a conquista do resultado positivo. “De agora em diante, as coisas vão mudar nessa empresa. Há nove anos esperamos por este momento. Só tenho que parabenizar os trabalhadores por acreditarem na força que eles têm e apoiarem o sindicato”, afirma o presidente do SIMECAT, Carlos Albino, diretor da CNTM.
Mais de duzentos trabalhadores permaneceram mobilizados a semana toda no acampamento de greve montado na porta da empresa. Pensando na dificuldade de negociação e no período extenso de paralisação, o SIMECAT preparou uma estrutura com tendas, banheiros químicos e bebedouros, além de fornecer café da manhã e almoço para todos os trabalhadores em greve.
Os principais itens aprovados são: reajuste salarial de 9,5% (retroativo a novembro/2012) e, pela primeira vez, os trabalhadores receberão uma PLR no valor de R$ 250,00 (com pagamento em 15 de dezembro) e um vale alimentação de R$ 50,00. A ajuda de custo para os trabalhadores que moram nos alojamentos também passou de R$ 180,00 para R$ 200,00. A empresa também se comprometeu a regularizar o plano de saúde e a fornecer transporte para os trabalhadores no fim do expediente.
A greve na CMC serve de alerta e de exemplo para as empresas do município. Os trabalhadores cansaram de ser lesados e os sindicatos estão trabalhando diariamente em prol do trabalhador em busca de melhorias e valorização. O presidente do SINTRACOM, Leandro Borges reforça que a greve não foi exclusivamente para discutir índices ou valores, mas sim por questão de respeito ao trabalhador.
Para o trabalhador José Alex Sobrinho, encarregado da elétrica, foram cinco dias cansativos, mas que irão fazer diferença daqui pra frente. Ele reconhece a importância da luta sindical e afirma que sem o respaldo do sindicato não teriam forças para lutar com o patrão.
Já o presidente da Força Sindical Goiás, o Rodrigão, garante que essa greve foi o divisor de águas na empresa. “Não ganhamos tudo que queríamos, mas esse foi o primeiro passo. Espero que o trabalhador pense e reflita sobre o valor da mobilização”, ressalta.
A greve dos trabalhadores da CMC e da CCM recebeu o apoio dos outros sindicatos da cidade como o SINDCOM, METABASE, SINDTRANSPORTE, SINDICATALÃO e SINDFIO. Sindicatos de outros municípios também se mobilizaram para apoiar o movimento, como os Metalúrgicos de Anápolis e de São Paulo, Frentistas de Goiânia, Vigilantes de Anápolis, Distribuidores de bebidas de Anápolis e a Força Sindical Goiás.