Juca Guimarães e Luciana Lazarini
do Agora
Os servidores do INSS em todo o país devem entrar em greve hoje por tempo indeterminado. Cerca de 50% dos postos da capital deverão aderir à greve, segundo os sindicalistas. No interior, a adesão será de 30%, segundo o comitê de paralisação do sindicato dos servidores do INSS. Os médicos peritos deverão trabalhar.
Dos 26 postos da Previdência na capital, 14 poderão estar sem atendimento. Dos 154 do interior, 46 (o que equivale a 30%) podem fechar. Assim, na média do Estado, 33% das agências podem aderir à greve.
Quem tiver um atendimento agendado em um posto com greve deve ter esse pedido remarcado no INSS, segundo o sindicato.
Nas regiões norte e sul da capital, mais da metade das agências estarão em greve. Dos nove postos dessas duas regiões, apenas três não participarão da paralisação. As opções de atendimento nessas regiões são os postos da Vila Maria, na zona norte, e os da Sabará e do Jabaquara, ambos na zona sul.
Na região leste da capital, com nove postos, quatro postos estarão funcionando. Na zona oeste, apenas o posto do Eldorado deverá atender normalmente.
No centro, o segurado vai encontrar, de acordo com o balanço dos sindicalistas, duas opções de atendimento: Brás e Paissandu.
No interior, cidades como Limeira, Piracicaba e Campinas também deverão parar.
“A paralisação foi a única maneira que a categoria encontrou para chamar a atenção do governo. Queremos garantir um atendimento digno para todos com uma jornada adequada”, disse Maria Rita de Cássia, diretora do sindicato.
O motivo
O sindicato é contra a proposta do INSS de aumentar a jornada de trabalho dos servidores de 30 horas para 40 horas semanais. Segundo o sindicato, a categoria tem jornada de 30 horas semanais desde 1984. O INSS não comenta a greve, mas informou que a jornada de 40 horas é resultado de um acordo com os servidores. Os chefes dos postos vão tirar as dúvidas dos segurados durante a greve.
No dia 19, os servidores farão uma passeata no centro da capital.
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