Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Grécia vive dia de protestos violentos e vai precisar de mais ajuda financeira

Atenas – O Grupo de Aconselhamento Econômico Europeu (EEAG) adverte que a Grécia poderá precisar de um novo pacote de ajuda financeira quando o atual se esgotar, em 2013, e o país poderá até mesmo optar por sair da zona do euro e reintroduzir a dracma como moeda. O grupo é ligado ao instituto IFO e ao Centro de Estudos Econômicos da Universidade de Munique. O país vive uma instabilidade política e social. Ontem, trabalhadores em greve entraram em choque com a polícia durante protestos em Atenas. – Em relatório sobre a economia europeia em 2011, divulgado ontem, os economistas do EEAG dizem que o programa de austeridade que está sendo implementado pelo governo da Grécia não deverá ser suficiente para resolver o problema da dívida do país e que a Grécia provavelmente não estará em posição de obter financiamento nos mercados quando o pacote de ajuda da União Europeia e do FMI se esgotar.

Os economistas recomendam medidas drásticas para evitar que a UE tenha de socorrer a Grécia com um plano de ajuda de longo prazo, entre elas o lançamento de medidas de austeridade ainda mais duras, como o rebaixamento geral de salários, ou o abandono do euro como moeda. “É provável que a Grécia não seja capaz de voltar aos mercados privados de financiamento a taxas de juro que lhe permitam evitar um default quando o atual pacote de assistência expirar. O país pode muito bem acontecer o caso de a situação da conta corrente da Grécia não ter melhorado suficientemente com as medidas de austeridade adotadas, o que forçará mais um ajuste para baixo na economia grega e reduzirá ainda mais a possibilidade de o país redimir sua dívida”, diz o relatório.

Ontem, um protesto de milhares de trabalhadores, funcionários públicos e comerciantes em greve se tornou violento nas ruas da capital da Grécia, Atenas, com os manifestantes entrando em confronto com a polícia no centro da cidade. A greve afetou os serviços públicos e paralisou o país.

Centenas de jovens atiraram projéteis, pequenas bombas e coquetéis molotov na polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e granadas. Os conflitos se espalharam para outros pontos da cidade, com a polícia e os manifestantes se confrontando também perto da Universidade de Atenas e em algumas regiões do distrito empresarial central.

Escritórios do governo, tribunais e escolas foram fechados, enquanto hospitais e muitas empresas trabalham com equipe extremamente reduzida. As operações dos ônibus, bondes, trens e metrô foram suspensas e apenas a linha férrea de Atenas.