Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Grandes benefícios para a sociedade brasileira

                                                                           Dario de Freitas

                                     Clementino Vieira, presidente da CNTM

A redução da jornada de trabalho no Brasil para 40 horas semanais é uma demanda histórica dos trabalhadores e representa, sobretudo, um novo marco civilizatório para a sociedade brasileira.

Contrariando os argumentos de uma parcela de empresários mais conservadores, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários, trará grandes benefícios para a sociedade brasileira, e os impactos desta medida na economia deverão ser absorvidos sem traumas.

A redução da jornada de trabalho é um dos instrumentos para a geração de novos postos de trabalho e a consequente redução das altas taxas de desemprego. Se todos trabalharem um pouco menos, todos poderão trabalhar.

 

Vale destacar que a jornada normal de trabalho
no Brasil é uma das maiores no mundo: 44 semanais (desde 1988)

 

A jornada total de trabalho é a soma da jornada normal de trabalho mais a hora extra. No Brasil, além da extensa jornada normal de trabalho, não há limite semanal, mensal ou anual para a execução de horas extras, o que torna a utilização de horas extras no País uma das mais altas no mundo.

Logo, a soma de uma elevada jornada normal de trabalho e um alto número de horas extras faz com que o tempo total de trabalho no Brasil seja um dos mais extensos.

 

O tempo de trabalho total, além de extenso, está cada vez mais intenso, em função de diversas inovações técnico-organizacionais implementadas pelas empresas (como a polivalência, o just in time, a concorrência entre os grupos de trabalho, as metas e a redução das pausas).

Também em muito tem contribuído para esta intensificação a implementação do banco de horas (isto porque, nas horas de pico, os trabalhadores são chamados a trabalhar de forma intensa e nas horas de baixa demanda são dispensados do trabalho).

 

Desde o final dos anos 1990, verifica-se, no Brasil, um aumento da flexibilização do tempo de trabalho. Assim, às antigas formas de flexibilização do tempo – como a hora extra, o trabalho em turno, trabalho noturno, as férias coletivas -, somam-se novas – como a jornada em tempo parcial, o banco de horas e o trabalho aos domingos.

Em função das jornadas extensas, intensas e imprevisíveis, os trabalhadores têm ficado cada vez mais doentes (estresse, depressão, hipertensão, distúrbios no sono e lesão por esforços repetitivos, por exemplo).

Eis aqui alguns argumentos para o movimento sindical defender em todos os momentos desta luta, que é crucial para o enfrentamento e superação da crise econômica global no Brasil. Nosso objetivo é este: conquistar o desenvolvimento econômico no País, com distribuição de renda e justiça social para o povo brasileiro!

Em breve, destacaremos outros argumentos em defesa das 40 horas. Não deixe de acompanhar o nosso portal de notícias (www.cntm.org.br).

Um forte abraço,

 

Clementino Vieira
Presidente da CNTM

 

 

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