Jornal da Tarde
O carro elétrico vai pagar alíquota menor de IPI — de 7% –, equivalente à cobrada dos carros populares flex. Mas uma nova redução do imposto para os carros movidos a gasolina e etanol dependerá da eficiência dos motores, estuda o governo federal. A nova proposta para estimular o carro elétrico no Brasil preparada por um grupo interministerial coordenado pelo Ministério da Fazenda descarta a redução imediata de impostos para o carro flex, reivindicada por montadoras, contra um suposto desestímulo aos veículos movidos a etanol.
A alíquota paga hoje pelos flex — entre 7% e 18% — de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) poderá cair, no futuro. Mas a queda estará vinculada a um selo de maior eficiência dos motores, como aqueles que aferem a performance de produtos eletrodomésticos, do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro).
A proposta a que o jornal teve acesso seria apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira, em reunião cancelada por atraso na agenda presidencial. Uma primeira versão do pacote de estímulo ao carro elétrico já havia tido o anúncio suspenso em maio, e uma definição de Lula segue sem data marcada.
Acertada entre ministros, essa nova proposta prevê a redução do IPI do carro elétrico, fixada atualmente em 25%, a mesma que incide sobre motores a gasolina e com maior potência. Na avaliação de técnicos, a redução do IPI para os elétricos não será suficiente para estimular o avanço de veículos elétricos importados no mercado brasileiro, mas deixará de funcionar como barreira fiscal. (Marta Salomon)