O GLOBO
A equipe econômica deve manter por mais alguns meses nos patamares atuais o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para o setor automotivo. As alíquotas variam de 2% a 8%, mas deveriam subir para 3% a 10%, a partir do dia 30 de abril, o que está sendo reavaliado. Segundo técnicos do governo, a prorrogação das alíquotas mais baixas seria uma forma de manter a indústria automobilística com a produção aquecida num momento em que é preciso estimular a economia. Além disso, qualquer aumento de tributo agora pode servir como fator adicional de pressão inflacionária.
A desoneração do IPI foi anunciada em maio do ano passado com vigência prevista de três meses. Mas, em agosto, o governo decidiu segurar o tributo reduzido por mais um trimestre. Em outubro, prorrogou a desoneração até janeiro, mas decidiu escalonar a recomposição da alíquota do imposto.
No caso dos veículos com motores de até mil cilindradas, por exemplo, o IPI originalmente é de 7%, mas foi reduzido para zero. A partir de 2013, no entanto, o tributo deveria subir para 2% e ficar nesse patamar até março. Já em abril, subiria para 3,5%, ficando assim até junho.
Em janeiro, o cronograma foi seguido e o IPI teve alta, o que encareceu os preços de veículos. A ideia que vem sendo avaliada pelo Ministério da Fazenda é segurar a alíquota nos patamares atuais por mais alguns meses. Assim, o IPI dos motores de até mil cilindradas permaneceria em 2%. No caso dos carros de mil a 2.000 cilindradas, o imposto deve ficar em 7% (em motores flex) e em 8% (em motores a gasolina).
O governo não cogita adotar o mesmo tratamento para artigos de linha branca e móveis. Eles foram desonerados de IPI no ano passado, mas as alíquotas voltaram a a subir em 2013.