Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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GM puxa crescimento do número de vagas de São Caetano

Bárbara Ladeia – do Diário do Grande ABC

Pesquisa divulgada pela Fiesp aponta São Caetano como a principal responsável pela aceleração no volume de vagas na indústria paulista no último ano. No acumulado registrado desde agosto de 2007 até o mesmo mês deste ano, o crescimento já é de 12% frente ao ano anterior.

Para William Pesinato, diretor-titular do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Caetano, o mercado automobilístico aquecido refletiu no período. “O resultado vem do volume de vendas da GM (General Motors) que vinha crescendo”, afirma.

A falta de diversidade indústrial do município, segundo Pesinato, faz com que a principal alavanca para o crescimento seja a montadora. “A gente sempre se refere à GM e a tudo que envolve seu processo produtivo. Quando a GM cresce, os serviços também crescem na cidade”, complementa.

Conforme divulgado pela montadora, foram abertas 2.348 novas vagas na região entre 2007 e 2008, um crescimento de aproximadamente 25%. No Brasil, a GM já totaliza 24.167 funcionários.

A regional do Ciesp de Santo André, que engloba Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, ocupa o terceiro lugar com 8,9% de crescimento desde agosto do ano passado. O destaque de agosto é do setor de máquinas e equipamentos de informática, que também encabeçou os resultados de São Bernardo. A cidade ficou em 12º lugar nos últimos 12 meses. Diadema marcou a 29ª posição, com o tímido crescimento de 0,9%.

ESTADUAL – A pesquisa divulgada pela Fiesp apurou abertura de 7.000 vagas na indústria paulista no mês de agosto, o que representa um aumento de 0,32%. Para Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos), o crescimento é razoável. “Não existem fatos chocantes, quase meio por cento é um aumento bastante bom”, comenta. No acumulado do ano já são 156 mil vagas.

As indústrias de máquinas e equipamentos de informática foram responsáveis pela maior parte desse aumento, registrando alta de 4,14% no número de vagas. O principal limitador na constatação mensal foi o setor de açúcar e álcool, responsável pelo encerramento de 2.846 vagas, uma redução de 0,13% no comparativo com o mês de julho. Segundo Francini, o resultado se deve à mecanização e à busca pela redução nos custos. “São vagas que devem se esvaziar com o avanço da tecnologia. As projeções indicam que até 2015 já teremos cerca de 100 mil postos extintos”, disse.