Diário do Grande ABC
A GM (General Motors) demitiu, nos últimos dias, 21 funcionários de sua unidade em São Caetano. Desses, 15 trabalhavam na linha de produção, em áreas como funilaria e manuseio. Os outros seis atuavam no departamento que foi encerrado pela montadora, o PPO (engenharia experimental). Desse mesmo setor e do ARA (segmento administrativo), cerca de 150 profissionais tiveram o contrato de trabalho rescindido em maio deste ano.
O PPO foi fechado porque, conforme o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, a companhia alegou que não teria serviço para a área por pelo menos mais cinco anos. E o ramo administrativo foi terceirizado.
Quanto aos cortes no chão de fábrica, o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, afirmou que a GM tinha a intenção de dispensar entre 40 e 50 trabalhadores, devido ao excesso de funcionários na fábrica gerado pela queda na demanda. “Conseguimos negociar para mandar menos gente embora”, disse. Segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), de janeiro a julho as vendas de automóveis e comerciais leves em todo o País acumulam recuo de 24,4%.
“Neste mês, a planta começou a fabricar o Ônix Joy, e esperamos que o mercado reaja. Para a produção conseguimos trazer de volta alguns dos operários que estavam em lay-off”, contou. Cerca de 900 empregados estão com os contratos de trabalho suspensos, e ficam em casa até março de 2017.
Procurada para falar sobre os cortes, a GM não se pronunciou.