Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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General Motors pede concordata e deve fechar 11 fábricas

Um mês depois da Chrysler, a montadora americana General Motors, segunda maior do mundo, recorreu nesta segunda-feira à concordata no Tribunal de Falências de Nova York. A empresa, assim, está sob proteção do “Capítulo 11” da Lei de Falências americana –o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil).

 

O presidente dos EUA, Barack Obama, deve fazer um pronunciamento por volta das 13h (em Brasília), de Washington, e será seguido pelo diretor-geral da montadora americana, Fritz Henderson, que concederá entrevista coletiva.

 

O processo deve durar entre 60 e 90 dias e pode resultar no fechamento de 11 das suas fábricas. Segundo o jornal “The Wall Street Journal”, o executivo Al Koch, 67, especialista em reestruturação de empresas, vai conduzir o processo.

 

No total, a administração federal irá injetar na companhia US$ 50 bilhões, sendo que US$ 20 bilhões já foram liberados, e irá controlar 60% do capital da empresa. Já o governo canadense concederá um empréstimo de US$ 9,5 bilhões em troca de 12,5% de participação acionária. O sindicato UAW (United Auto Workers) terá 17,5% dos títulos.

 

Neste fim de semana, os credores da GM aceitaram trocar US$ 27 bilhões das dívidas da companhia por participação na “nova GM”, com possibilidade para comprar até 15% dos ativos futuramente. Após a reestruturação, o Tesouro dos EUA deve surgir como principal detentor da futura companhia, com 72,5% de participação acionária.

 

O prazo para a GM apresentar um plano de reestruturação acabaria hoje. No processo de corte de gastos, a empresa já anunciou que vai fechar ao menos 13 fábricas, demitir 21 mil funcionários e se desfazer de até 2.400 concessionárias nos EUA, além de vender quase a metade de suas marcas. Então entre os cortes marcas como Opel (vendida para a canadense Magna no fim de semana), Saab, Hummer, Saturn e Pontiac. Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC ficam com a GM.

 

Segundo a filial brasileira da GM, a crise na matriz não afeta seus negócios. Apesar disso, uma reunião deve ser realizada para detalhar os passos da empresa no mercado nacional.