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General Motors confirma saída de presidente


da Folha Online

A montadora de veículos americana General Motors confirmou na noite deste domingo (29) a renúncia imediata de Rick Wagoner como presidente da empresa. Fritz Henderson, até então chefe operativo, assume o cargo. “Wagoner deixa o cargo efetiva e imediatamente”, afirmou a GM por meio de um comunicado.

Em uma nota publicada no site da empresa, Wagoner afirmou que se reuniu em Washington na sexta-feira com funcionários do governo que pediram sua saída para que a companhia pudesse continuar a receber ajuda estatal. Um alto funcionário do governo confirmou o pedido à agência France Presse.

Wagoner se tornou assim a primeira baixa do plano de reestruturação para tentar salvar o setor automotivo, que o presidente americano, Barack Obama anunciará hoje na Casa Branca, às 11h (horário de Brasília).

O ex-presidente afirmou que seu sucessor imediato, Fritz Henderson, “é uma excelente escolha para ser o próximo presidente-executivo da GM. Tendo trabalhado diretamente com Fritz por muitos anos, sei que é a pessoa ideal”.

Em seu comunicado, Wagoner informa também da nomeação interina de Kent Cresa, procedente do Northman Grumman Group, como presidente da junta de administração.

A GM mantém suas fábricas em funcionamento graças, exclusivamente, aos US$ 13,4 bilhões emprestados por Washington desde dezembro, e afirma que ainda pode precisar de mais até US$ 16 bilhões nos próximos anos.

Wagoner, 56, assumiu a direção da GM em 2000 e passou a presidir a companhia em 2003. Sob seu mandato, a empresa perdeu a liderança mundial do setor automotivo, conquistada pela japonesa Toyota, e acumulou US$ 82 bilhões de perdas nos últimos três anos.

Nesta terça-feira, GM e Chrysler -que recebeu US$ 4 bilhões em empréstimos públicos desde dezembro e pediu mais US$ 5 bilhões- têm que apresentar ao Departamento do Tesouro seus planos definitivos de reestruturação.

O governo americano disse que só emprestará mais dinheiro a GM e Chrysler se considerar os planos adequados para garantir suas sobrevivências em longo prazo.

Com France Presse e Efe