O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) se reuniu quarta (21), em Brasília, para avaliar o novo cenário da luta contra as reformas neoliberais do governo Temer, após a rejeição na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado do relatório da reforma trabalhista. Na terça (20), o texto apresentado por Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que reproduzia a proposta da Câmara, foi derrotado por 10 votos a 9.
Com representantes das 19 Confederações que integram o Fórum, ligados a diferentes Centrais Sindicais, o encontro decidiu fortalecer o cronograma de trabalho conjunto pela preservação dos direitos trabalhistas e previdenciários.
A Agência Sindical conversou com Artur Bueno de Camargo, coordenador do FST e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (CNTA Afins). Ele aponta que o objetivo é intensificar o trabalho parlamentar no Senado, além da atuação nos Estados junto às suas bases eleitorais, a fim de garantir que a tramitação do PLC 38/17 não avance.
“O Fórum orienta os Sindicatos de todo o País, em cada segmento representado pelas Confederações, a manter forte presença nas empresas. Vamos continuar o trabalho de esclarecimento aos trabalhadores sobre o conteúdo nocivo das reformas e reforçar as mobilizações até o final de junho”, afirma.
Audiências – A proposta é sensibilizar parlamentares, acerca do abismo de precarizações nas relações de trabalho e da fragilização na organização sindical brasileira. Os sindicalistas também aprovaram continuar fazendo audiências públicas nas Assembleias Legislativas, para ampliar o debate sobre as reformas trabalhista e previdenciária.
O coordenador do Fórum explica que a meta é integrar também setores do empresariado. “Enviamos ofícios para entidades patronais, alertando sobre a responsabilidade assumida por elas ao apoiarem a reforma trabalhista. A CNI respondeu e marcou uma reunião com o FST, dia 29. Nós iremos até eles. Até porque, se essa reforma for aprovada, eles não poderão alegar desconhecimento sobre seus efeitos nocivos”, conta o dirigente.
Mídia – A comunicação integrada das entidades junto às bases foi outro ponto destacado pelos presentes. Segundo Artur, a proposta é intensificar, de forma padronizada, a comunicação nos Estados e municípios, a fim de reforçar a pressão popular e o movimento sindical.
Agência Sindical
A CNTM foi representada pelo secretário-geral Pedro Celso Rosa