Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Fórum Social: líderes defendem benefícios para os trabalhadores

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, defendeu no Fórum Social Mundial a elaboração de uma política internacional de benefícios para os trabalhadores. A declaração de Juruna foi feita durante o painel “Crise financeira, alimentaria e energética”, realizado pela Força Sindical, no dia 29 de janeiro.

Juruna considerou que é possível rever conceitos. Hoje o avanço da crise exige a unidade de ação dos trabalhadores e é preciso fazer algo para evitar as demissões.

O painel contou com a participação de Luigui Angeletti, da UIL Itália; João Proença, da UGT Portugal; Cláudio Guimarães, Janta, presidente da Força estadual do Rio Grande do Sul, sob a coordenação da secretaria de Direitos Humanos da Força Sindical, Mônica Veloso.

Segundo Nilton Souza, Neco, secretário de Relações Internacionais da Força Sindical, o debate representa, na verdade, uma oportunidade de afinar o discurso dentro da própria central, de trocar experiência com os dirigentes sindicais estrangeiros e traçar uma linha de atuação no movimento sindical.

O português João Proença defendeu a tese de que os trabalhadores devem aproveitar a crise para mudar. “2008”, disse ele, “foi o ano das crises energética, financeira e de alimentos e foram baseadas na especulação do mercado futuro. Enquanto no Brasil os setores mais afetados são os metalúrgicos, cana-de-açúcar e vestuário, na Europa o setor mais prejudicado é o setor imobiliário”, declarou. Na sua opinião dele, deve-se reformular o papel do Estado para que possa intervir na economia.

Para o italiano Angeletti, a origem da crise “é que aqueles que têm dinheiro resolveram reproduzir mais dinheiro no mercado especulativo. Diferentemente do que se imaginava no início, afirmou, a crise não afetou apenas os Estados Unidos, mas o mundo todo, postos de trabalho foram cortados e a pobreza vai aumentar”.

O presidente da Força Sindical-RS, enfatizou que o governo deve estimular os investimentos na produção, especialmente de alimentos, em vez da especulação financeira e buscar alternativas para a geração de energia limpa.

O secretário de Mudança Climática da Croc, Eugenio del Valle, afirmou que a crise é produto de decisões políticas equivocadas. “É preciso buscar a unidade sindical para evitar a perda de emprego”, declarou.

Paraná

Clementino Vieira, vice-presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), concorda que é preciso elaborar uma política internacional para conquistar benefícios para os trabalhadores. “No entanto, existem urgências. Os metalúrgicos de Curitiba, especificamente da Renault, aprovaram a suspensão do contrato coletivo de trabalho para assegurar os empregos. Qualquer acordo precisa ser assim: esclarecido, debatido e aprovado pelos trabalhadores”.

A Força Sindical do Paraná participou pela primeira vez do Fórum Social Mundial. Mas, segundo Clementino, acompanha atentamente o que está acontecendo em Curitiba. “A preocupação agora é com a área de autopeças. Estamos mobilizando os trabalhadores para evitar demissões”, disse.

Pará

Na sexta-feira, dia 30 de janeiro, a Força Sindical do Pará e as demais centrais se reunirão com os patrões na sede da Federação da Indústria do Pará, para negociar soluções para as demissões.

Escrito por Assessoria de Imprensa da Força Sindical
Atualizado por Val Gomes, responsável pela gestão de comunicação do site www.cntm.org.br