Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Força Sindical

Força Sindical resolve ser mais dura com o governo

Fotos Jaélcio Santana

Miguel Torres, Juruna e Paulinho, e demais dirigentes da Força Sindical

Jaélcio Santana

Dal Prá

Em reunião da Executiva Nacional da Força Sindical, em 7 de dezembro, sindicalistas debateram o 7º Congresso Nacional da Central, que acontecerá em julho de 2013, e a relação com o governo federal. “Não vamos romper, porque nunca estivemos lá”, afirmou o deputado federal Paulinho, presidente da central.

A primeira ação será uma grande Marcha a Brasília em fevereiro para defender a pauta trabalhista que continua a mesma de anos atrás porque o governo não atendeu nada até agora.

A Força Sindical do Rio de Janeiro esteve representada pelo seu presidente Francisco Dal Prá, Marco Lagos, Secretário-Geral, e Marcelo Peres, Secretário de Imprensa e Comunicação.

O SINTRACONST-RIO, Sindicato da Construção Civil do RJ, filiado à Força, esteve representado pelo presidente Carlos Antonio Figueiredo Souza, o Diretor Financeiro, David Antonio Pereira de Souza, e o assessor da Diretoria Joadil.

Sindicalistas de diversas tendências políticas da Central se manifestaram e manifestaram a insatisfação com o tratamento recebido pelo governo federal que não negocia com as centrais sindicais, as reivindicações dos trabalhadores, por exemplo, extinção do fator previdenciário, que achata as aposentadorias; aumento real para os aposentados que recebem benefício acima de um salário mínimo e o fim do imposto de renda sobre a PLR (Participação nos Lucros ou Resultados).

Muitos dirigentes apontaram as diferenças de tratamento que recebiam do governo Lula e agora do governo Dilma. “O Lula dizia que não ia atender, mas pelo menos falava. A Dilma nem recebe”, reclamou Paulinho.

João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, reconheceu que o País teve melhoras nos 10 últimos anos, mas nos dois últimos, os sindicalistas não conseguem sequer ser ouvidos pelo governo federal. “A presidente Dilma, o secretário-geral da presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, não atendem. O ministro da Previdência atende e até conseguimos negociar, mas o resultado não é publicado no Diário Oficial, ou seja, o que foi acordado não tem validade”.

Durante a reunião, representantes dos trabalhadores da construção pesada, da construção civil, do setor elétrico e dos rodoviários, entre outros, expuseram os problemas que estão enfrentando, inclusive com demissões. Em Suape (PE), foram 300 demissões por justa causa durante uma greve e na área elétrica existe a ameaça de desemprego, resultado do anúncio do corte da tarifa de energia em 20% pela presidente Dilma e a decisão dos estados de não renovar as concessões. “Somos a favor da redução da tarifa mas não desta forma”, disse Carlos Alberto Reias, Carlão, presidente do Sindicato dos Eletricitários de SP.

Sérgio Luiz Leite, Serginho, presidente da Fequimfar, afirmou que das 400 usinas de açúcar e álcool existentes no País, 100 estão em recuperação judicial e 60 não farão safra em 2013. Serginho e Melquíades de Araújo, presidente da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação do ESP), farão ações conjuntas para resolver os problemas dos trabalhadores do setor. Araújo também citou as fusões na área da alimentação, que acabaram com milhares de empregos.

Nilton Souza, secretário de Relações Internacionais da Força Sindical, observou que existe um movimento dos empresários no mundo de endurecer com os trabalhadores para a retirada dos direitos, especialmente nos países em crise econômica.

Resistência – Melquíades de Araújo, 1º vice-presidente da Força Sindical, ressaltou que os sindicalistas precisam fazer mobilizações e cobrar quem deve ser cobrado, para defender os direitos dos trabalhadores.

“Não podemos ficar olhando para o governo que é do partido A, B ou C e ficar reclamando de suas ações. Precisamos ser resistentes e não perder o foco. Primeiro o projeto para extinção do fator precisa ser votado no Congresso Nacional. Vamos cobrar o Congresso. Quando for à sanção da presidente, a cobrança deve ser feita naquele poder. Vamos intensificar a pressão, cumprindo o nosso papel, senão, vão fazer com que nosso papel não exista mais”, disse Araújo.

Miguel Torres, 1º vice-presidente da Força Sindical e presidente da CNTM, destacou a insatisfação dos sindicalistas com a atitude do governo Dilma de não ouvir o movimento sindical, que a apoiou nas eleições. Torres defendeu a realização das marchas a Brasília e a colocação da pauta trabalhista em destaque.

Nair Goulart, presidente da Força Bahia, disse que o movimento sindical trabalhou muito neste ano e intensificará sua luta em 2013. Adalberto Galvão, Bebeto, presidente do Sintepav Bahia (Construção Pesada) citou as ações positivas dos governos Lula e Dilma, mas observou que neste governo não teve desenvolvimento social. “O governo determina a precarização na área do trabalho, com a redução de 20% do total de gastos previstos nas licitações da Petrobras porque sempre que corta custos sobra para os trabalhadores”, destacou Bebeto.


Lacerda, com Paulinho e dirigentes da Força


Miguel Torres, presidente da CNTM, com Danilo e Auxiliadora

Fonte: Assessoria de Imprensa da Força Sindical/RJ
Fotos: Jaélcio Santana

Por Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ
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