Fotos Tiago Santana
Miguel Torres e Danilo Pereira
A Força Sindical intensifica a mobilização de diferentes categorias para participarem da 7ª Marcha a Brasília que será realizada no dia 6 de março. Em reunião realizada na quinta-feira, 31 de janeiro, em São Paulo, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, disse que “esta iniciativa é fruto do descontentamento dos trabalhadores em função do descaso da presidenta Dilma com as suas reivindicações”. Esta manifestação não será única. Devemos fazer vários protestos em 2013”, completou.
Segundo ele, desde o início do seu mandato, a presidenta Dilma não atendeu as reivindicações dos trabalhadores, com exceção da isenção do Imposto de Renda da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) de até R$ 6 mil. Vale lembrar, porém, que a Força Sindical queria isenção até R$ 12 mil.
O tratamento do governo para a classe trabalhadora provoca diversas reações.
Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da CNTM e vice da Força, enfatizou que as centrais devem colocar de pé novamente a pauta trabalhista. “Depois do governo Lula nós ficamos quietos e o resultado foi que o governo se isolou do movimento sindical e a presidenta não cumpriu o que prometeu aos trabalhadores na campanha eleitoral. Atualmente os empresários estão fortalecidos e a CNI quer 101 medidas para flexibilizar direitos trabalhistas”, disse Miguel Torres.
Situação muito diferente vive o movimento sindical. Por exemplo: reivindicações como o fim do fator previdenciário, o reajuste dos aposentados e jornada de 40 horas semanais não foram atendidas e os reflexos dos problemas que vários setores econômicos enfrentam recaem sobre os trabalhadores. Na base do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo há empresas como Cardal e Reiplas com problemas financeiros. Na área dos químicos, 49 usinas faliram e a previsão é que o mesmo ocorra com outras 80, declarou Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical São Paulo.
João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, considera que a 7ª Marcha será importantíssima para abrir negociações com o governo Dilma.
A 7ª Marcha será realizada com as demais centrais sindicais, informou João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Foram definidas as bandeiras de luta:fim do fator previdenciário, jornada semanal de trabalho de 40 horas, 10% de PIB para educação e saúde, regulamentação das convenções 158 (demissão imotivada) e 151 (que estabelece negociação coletiva para funcionários públicos), reajuste dos aposentados que ganham acima do salário mínimo, trabalho decente e direitos sindicais.
Alguns sindicalistas destacaram que o empenho em levar trabalhadores para Brasília deve ser de todos os sindicatos e centrais sindicais. A próxima reunião de mobilização será no dia 7 de fevereiro.
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