Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Força Sindical

Força Sindical discute comunicação sindical em nível nacional

“Os departamentos de imprensa de Sindicatos, Federações, Confederações, Força Sindical nacional e suas instâncias estaduais devem trabalhar unidos”, afirmou Miguel Torres, presidente da Força Sindical e da CNTM, ao abrir o ‘III Encontro de Comunicação’ da Central, no Hotel Excelsior, em São Paulo, nesta segunda-feira, 24 de novembro.

“Hoje somos fortes, mas atuamos separadamente. Se desenvolvermos um trabalho em conjunto, de forma coordenada, respeitando a individualidade de cada um, vamos, com toda certeza, nos tornar muito mais fortes”, destaca Miguel Torres.

O sindicalista João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central, pediu aos jornalistas que, cada vez mais, sejam instrumentos de divulgação da ação sindical para beneficiar, cada vez com mais intensidade, o conjunto dos trabalhadores. Ao falar sobre o tema ‘A nova forma na Comunicação’, Juruna lembrou dos tempos em que trabalhava na fábrica. “Fiquei pensando sobre qual o sentido em receber o boletim ou jornal do Sindicato naquela época. Era muito mais do que receber uma informação, pois esse material ajudava a realizar as ações do Sindicato, fazia parte das ações”, afirma

Para Geraldino dos Santos Silva, secretário nacional de Relações Sindicais da Força Sindical, “o movimento sindical precisa ter uma comunicação alinhada, coesa e forte. Agir separadamente, cada um a sua maneira, não nos fortalece nem contribui para que os trabalhadores que representamos aumentem suas conquistas”.

‘O Espaço dos Trabalhadores na Mídia – Histórico e Situação Social’, foi o tema da palestra do jornalista Paulo Markum. Ele mostrou que os trabalhadores tinham pouquíssimo espaço na imprensa enquanto não construíram seus jornais e seus boletins. Eles contavam, por exemplo, na época da ditadura militar, apenas com os jornais Última Hora, Notícias Populares e Diário Popular (hoje Diário de S.Paulo)”. Segundo Markum, esta situação reflete a crise na imprensa e o desinteresse histórico pelos trabalhadores.

Abelardo Blanco abordou o tema ‘A Comunicação Sindical na Europa e a Internet como Nova Fronteira a ser Conquistada’.  Blanco falou sobre o que está acontecendo em empresas europeias, especialmente da França e da Itália, sobre o que o movimento sindical tem feito para chegar à Intranet das empresas, a legislação existente e os embates entre a direção das companhias e os trabalhadores. Algumas empresas permitem que os Sindicatos usem suas intranets, como por exemplo a Fiat (Itália) e a IBM (EUA).

Novo Site

Durante o encontro foi apresentado o novo site da Central, bem mais moderno e arrojado. Segundo Fernando Pazzini, da empresa Jaws Digital, responsável pelo desenvolvimento do projeto do site, “a ideia foi modernizar o designer da página pois, no novo site, os internautas poderão acessar através de diferentes plataformas”, disse.

Mídias Sociais

O gestor de mídias sociais da Força Sindical, Alexandre de Melo, apresentou uma palestra sobre o planejamento e a execução das mídias sociais da entidade durante o III Encontro de Comunicação. Segundo o jornalista, é fundamental mostrar como a reformulação das mídias sociais buscou integrar o trabalho da equipe de comunicação – assessoria, mídia impressa e site –, além do diálogo com as entidades ligadas à Força Sindical em todos os Estados do Brasil.

“‘O manual de boas práticas nas mídias sociais’, que foi apresentado durante o Encontro de Comunicação, é apenas um primeiro passo. A partir dele gostaríamos de aprofundar o debate sobre como utilizar, de forma integrada, as mídias sociais da Força Sindical para, cada vez mais, engajar trabalhadores, militantes e direção da Central”, afirma Alexandre. Por fim, será apresentado o planejamento para um aplicativo móbile da entidade que pode ser um marco para o movimento sindical.

Já o jornalista João Franzin, da Agência Sindical, falou sobre o tema ‘A importância da Comunicação Sindical’. Segundo ele, “esse tipo de evento propicia a troca de experiências e vivências’. É importante, portanto, enfocar o lado prático da comunicação sindical, evitando questões formais ou abstratas. É importante ouvir os dirigentes, conhecer as experiências locais e apontar, dentro do possível, o que pode ser mudado e aperfeiçoado. A crescente especialização, em amplos setores de atividade, indica que é preciso avançar na profissionalização, até para atender a demanda da base, cuja expectativa em relação a governos, Sindicatos e serviços, fica cada vez mais exigente”, finaliza o jornalista.

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