Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Força Sindical defende pressão pelas 40 horas


Confira no site www.fsindical.org.br a cobertura completa do

6º Congresso Nacional da Força Sindical

Acesse aqui galeria de fotos do evento publicada no site da CNTM

Claudio Omena

Congresso da Força Sindical em Praia Grande

Claudio Omena

Os sindicatos filiados à Força Sindical vão enviar ofício a todos os parlamentares solicitando que votem a favor do projeto que reduz a jornada semanal de trabalho de 44 horas para 40 horas, sem o corte nos salários, e que aumenta o adicional da hora extra dos atuais 50% para 75%.

Num primeiro momento, os dirigentes vão pedir o voto dos deputados e senadores a favor da semana de trabalho menor, porém a pressão vai se intensificar caso os políticos não queiram atender a reivindicação das centrais sindicais.

 

Claudio Omena

Paulinho, presidente da Força Sindical

“Neste caso, vamos denunciar os políticos para que eles nunca mais se reelejam”, afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.

Ele discursou na abertura do 6º Congresso Nacional da Central, que começou na quarta-feira (29 de julho) e termina nesta sexta-feira (31), em Praia Grande/SP.

Arte Força Sindical

Com o lema “Toda Força pelo Trabalho Decente”, o evento reúne cerca de 4 mil delegados, representantes de sindicatos de 27 unidades da Federação, para debater e definir propostas que possam viabilizar o trabalho decente e o desenvolvimento econômico com distribuição de renda e justiça social.

 

Agosto será um mês de intensificação das lutas

 

Segundo Paulinho, o movimento de pressão sobre o Congresso tem de começar já em agosto e deve reunir representantes de todas as centrais sindicais (Força Sindical, CUT, CTB, UGT, CGTB e Nova Central) e de toda a sociedade.

Paulinho sugeriu ainda que os sindicalistas intensifiquem as visitas ao Congresso para pedir o voto dos deputados e senadores.

 

Para ser aprovado, o projeto da redução da jornada precisa ser aprovado duas vezes na Câmara e duas no Senado. Para o dirigente, se não houver pressão os trabalhadores não vão conquistar o benefício, pois a redução da jornada com a manutenção dos salários mexe no lucro dos patrões.

“Por isso é difícil reduzir a jornada. Só conseguimos duas vezes na história: em 1943 e 1988”, lembrou Paulinho.

 

Nova fase de reivindicações

O presidente da Força Sindical conclamou os dirigentes a inaugurar uma nova fase nas negociações entre as centrais sindicais e o governo federal numa tentativa de firmar alguns acordos que fazem parte da agenda de reivindicações urgentes dos trabalhadores.

Para ele, não é justo que o aposentado que ganha mais de um salário mínimo não tenha aumento real.

 

“É claro que não estamos reivindicando o mesmo índice de reajuste concedido aos aposentados que recebem um mínimo, mas alguma coisa de real tem de ser dada já em 2010”, explicou.

Além disto, Paulinho lembrou ser necessário aprovar a lei que tem o objetivo de recuperar o poder de compra do salário mínimo, porque a medida provisória (fruto de acordo entre as centrais e o governo) que trata do tema pode ser derrubada no Parlamento.

 

Receita dos sindicatos

O presidente da Força Sindical prometeu invadir o Ministério Público do Trabalho, no caso de os procuradores continuarem a ingressar com ações na Justiça, solicitando o cancelamento da cobrança da contribuição sindical dos trabalhadores. Os procuradores querem que a taxa incida apenas sobre os assalariados sócios do sindicato, apesar de toda a categoria (sindicalizada ou não) ter os mesmos direitos sobre os benefícios que constam dos acordos e convenções coletivas.

“Os procuradores são bons para se meter nos sindicatos, mas não vão nas empresas para fiscalizar as péssimas condições de trabalho”, denunciou.

“Assim como enfrentamos a ditadura, vamos enfrentar estes ´moleques`, na verdade, uma parte dos procuradores, filhos de patrão!”, afirmou.

O dirigente também defendeu a ratificação pelo Brasil da Convenção 151 da OIT, que trata das negociações coletivas dos servidores públicos.

 

Ministro Lupi conclama trabalhadores a lutar pela semana de 40 horas

 

O ministro do Trabalho Carlos Lupi afirmou que os trabalhadores brasileiros devem lutar pela redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, sem o corte nos salários, porque nas principais economias do mundo os empregados já têm uma carga menor de trabalho.             “Além disso, no Brasil, muitos setores econômicos e profissões já trabalham 40 horas por semana”.

O ministro fez a afirmação na abertura do 6º Congresso Nacional da Força Sindical.

“Defendo a diminuição da jornada e os trabalhadores têm de por 100, 200 ou 300 mil pessoas em Brasília para conquistar o benefício”, conclamou Lupi, acrescentando que a diminuição do tempo de trabalho é “importante para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e gerar empregos”.


Segundo Lupi, a medida também é boa para as empresas porque trabalhando menos o empregado terá capacidade para produzir mais e melhor. “A reivindicação é saudável”, frisou.

Sobre a reação contrária dos empresários à jornada menor, o ministro do Trabalho foi enfático:“É a luta de classes!”.

Depois de reconhecer que os trabalhadores unidos têm condições de avançar na luta, o ministro destacou que o governo federal está estudando medidas de estímulo à produção, a fim de acelerar o processo econômico, e citou a decisão do Codefat de liberar 200 milhões de reais para os taxistas renovarem a frota, com juros subsidiados.  “Estamos avaliando quais setores estão precisando de recursos”, afirmou.


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Fontes:
Assessoria de Imprensa da Força Sindical www.fsindical.org.br
Assessoria de Comunicação da CNTM www.cntm.org.br
Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo www.metalurgicos.org.br

Fotos de Cláudio Omena, Iugo Koyama e Jaélcio Santana

Página editada por Val Gomes, jornalista e assessor de comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes/CNTM, com cobertura jornalística de Jorge Pires, Fábio Casseb, Dalva Ueharo e Rodrigo Telmo Lico (Imprensa da Força Sindical) e Débora Gonçalves (Imprensa dos Metalúrgicos de SP).