Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Emprego

Força Sindical decide lutar no Congresso Nacional para aprimorar MP 680

A Força Sindical resolveu lutar no Congresso Nacional para aperfeiçoar a MP 680, que regulamenta a implantação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), e declarou que os sindicatos devem decidir se negociam ou não com as empresas a implantação do PPE.

Estas afirmações foram dadas nesta segunda, 20 de julho, por Miguel Torres, presidente da Força Sindical e da CNTM, no encerramento da reunião da Executiva Nacional da Central na sede da entidade, em São Paulo.

Os dirigentes reconheceram que a MP 680 é apenas um mecanismo de proteção ao emprego, mas que não vai resolver a crise econômica. “Fortalece, porém, o movimento sindical, porque dá aos sindicatos a responsabilidade de negociar a implantação do programa com as empresas”, diz Miguel Torres.

O economista José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de Relações Sindicais do Dieese, explicou o PPE anunciado pelo governo. Para implementá-lo, as empresas terão de comprovar que estão em dificuldades financeiras, o que deverá gerar resistência por parte de algumas delas para abrir suas contas.

Apesar de o PPE já estar valendo, porque foi editado por medida provisória, somente na quarta-feira (dia 22), o comitê interministerial do PPE, coordenado pelo ministro Manoel Dias, do Trabalho, decidirá as regras do programa, incluindo os setores que poderão aderir à medida.

A MP tramita no Congresso Nacional e já recebeu até agora 175 emendas de parlamentares. Uma delas é do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), e estabelece que  o governo completará integralmente o salário de quem tiver a jornada e o salário reduzido. “Vamos analisar as emendas e brigar no Congresso Nacional para melhorar o texto”, diz Miguel Torres.

Para Sergio Luiz Leite, 1º secretário da Central, o movimento sindical deve intensificar a luta por uma agenda positiva por uma política econômica que priorize o crescimento, questionando o desemprego e pela manutenção do emprego.

Para Osvaldo Mafra, presidente da Força Sindical-SC, a Central precisa ter um posicionamento cauteloso e analisar bem quais os impactos causados por medidas fixadas pelo governo.