Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Força Sindical comemora Dia Internacional da Mulher

Jaélcio Santana


No dia 7 de março, as trabalhadoras lotaram o auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo para comemorar o Dia Internacional da Mulher (8 de Março), em evento que contou com a presença de toda a direção da central, sob o comando do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, e do ministro do Trabalho Carlos Lupi.

“Hoje é um dia de reflexão”, disse a Secretaria Nacional da Mulher da Força Sindical, Maria Auxiliadora dos Santos.

Segundo Auxiliadora, “neste ano, o Dia Internacional da Mulher completa 100 anos, mas elas ainda enfrentam muitos desafios, como a desigualdade salarial (as mulheres ganham 30% menos que os homens); a divisão desigual das tarefas domésticas, que precisam ser encaradas para encontrar soluções”.

Outro ponto importante, afirmou a secretária nacional da Mulher, é a eleição deste ano. “Temos que ajudar os companheiros que vieram do berço dos trabalhadores e parar com esse negócio que mulher não vota em mulher. Se sabemos administrar nossa casa com poucos recursos sabemos governo o País sim”, destacou.

A vice-presidente da Central, Eunice Cabral, afirmou que “as mulheres estão na Central para somar e nunca para serem apenas mais uma”.

Para Elza Pereira, da direção nacional da Central, o Brasil ainda tem poucas mulheres na política. “Penso que teremos uma mulher na presidência da República”, observou. Ela destacou que os trabalhadores devem prestar muita atenção e votar com consciência. “O Paulinho (referindo-se ao presidente da Central) é incansável. É importante ele estar na Câmara dos Deputados defendendo os trabalhadores”.

Emenda de iniciativa popular, sugere Paulinho

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, sugeriu durante a comemoração que as centrais sindicais desenvolvam uma campanha para que as mulheres recebam salários iguais aos dos homens quando desempenharem a mesma função. A idéia é fazer abaixo-assinado em todo o País e colher 1,3 milhão de assinaturas que serão entregues ao Congresso Nacional para ser transformado em projeto de lei. A Constituição Federal e a CLT garantem este direito às mulheres, mas a lei não é cumprida porque elas recebem 30% menos que os homens.

A sugestão ganhou apoio das mulheres e dos dirigentes. “É um reforço e servirá para quebrar esta estrutura arraigada na sociedade e nas empresas. Servirá de base para formulação de políticas afirmativas”, declarou Nair Goulart, presidente da Força Sindical da Bahia.

“Caberá a nós ouvirmos as mulheres e adotarmos práticas que solucionem seus problemas”, disse Danilo Pereira, presidente da Força Sindical São Paulo. Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ressaltou que seu objetivo é ampliar a participação das mulheres no sindicato”.

Mais mulheres no mercado de trabalho

O ministro Carlos Lupi comentou os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, que mostra mais mulheres no mercado de trabalho com curso universitário completo e incompleto. De acordo com o ministro, ao contratar mais mulheres as empresas visam reduzir custos porque elas ganham 30% menos que os homens.

Para Luiz Antonio de Medeiros, secretário de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho, a grande mudança que os sindicalistas podem ajudar a fazer é acabar com a mentalidade machista que domina praticamente todos setores da sociedade.

O deputado Mario Heringer (PDT-MG) homenageou as mulheres que há 100 anos ousaram colocar a cabeça para fora e deixar de ser submissas.

Por Assessoria de Imprensa da Força Sindical
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