A Central não desistirá das mobilizações para evitar prejuízos que as MPs impõem aos Trabalhadores
Está marcada para a próxima terça-feira (dia 26), no plenário do Senado Federal, a votação da MP (Medida Provisória) 665, que muda as regras da concessão do seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso. A medida foi debatida por mais de quatro horas pelos senadores, no último dia 20, e foi bastante criticada pelos parlamentares.
Os trabalhadores da Força Sindical estavam nas galerias do Senado e, de lá, jogaram uma chuva de imitações de dólares sobre o plenário. “Acompanhamos a discussão feita pelos senadores sobre a MP 665, do governo federal, que retira direitos dos trabalhadores. Estamos contra essas medidas. O trabalhador não pode pagar a conta de uma crise que ele não fabricou”, declara Miguel Torres, presidente da Central.
Miguel destaca a importância de a Central manter a mobilização no Congresso Nacional. “Além desta proposta, temos a MP 664, que altera os critérios de duração da pensão por morte, a concessão do auxílio-doença e o auxílio-reclusão. Esta medida tira os direitos da(o) viúva(o) quando ela(e) mais precisa”. Segundo Miguel, a Central não desistirá das mobilizações para evitar prejuízos que as Medidas impõem aos trabalhadores.
“Esta foi mais uma batalha. O governo quer retirar direitos dos trabalhadores. Fomos lá, resistimos, e o governo recuou e adiou a votação. A luta continua na próxima semana e precisamos intensificar a mobilização, porque também será votada a MP 664, que altera regras de concessão de benefícios para viúvas(os), o auxílio-doença e o auxílio-reclusão”, afirma o deputado Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), presidente licenciado da Central.
A principal mudança proposta na MP 665 é o aumento do tempo de trabalho que o desempregado precisa comprovar para solicitar o seguro-desemprego. A MP muda também as regras de pagamento do abono-salarial e do seguro-defeso.