É importante resgatar a trajetória de luta em defesa da classe trabalhadora, superando obstáculos e avançando na construção de um sindicalismo combativo, democrático e defensor de direitos e conquistas.
Trinta e três anos é um importante momento na luta e reivindicações por melhores condições de trabalho. E dessas lutas lembramos muitas vitórias nestas três décadas: pagamento e correção do FGTS; conquista de aumento para os aposentados; acordo de aumento do salário mínimo; Centro de Solidariedade ao Trabalhador; derrubada no Congresso da nefasta Emenda 3; valorização do servidor público; vitoriosas marchas à Brasília; luta contra a desindustrialização; correção da tabela do Imposto de Renda; Dia do Trabalhador em diversas cidades no País, que reúne milhões de pessoas, igualdade salarial entre homens e mulheres, entre outras.
A equiparação salarial entre homens e mulheres, luta árdua das centrais, que atualmente foi instituída pelo governo Lula, foi resultado da luta das mulheres sindicalistas. Só haverá plena cidadania quando houver a equiparação de direitos entre homens e mulheres. É nessa direção que os 90 anos da conquista do voto feminino no Brasil também é celebrado. Uma conquista muito difícil como tantas outras alcançadas ao longo de décadas. As mulheres têm lutado cada vez mais para ocupar e participar de cargos e funções com poder de decisão em todos os setores da sociedade.
Entendemos que um dos pilares da democracia é o diálogo e o debate. E o movimento sindical é um instrumento de fortalecimento da democracia e das vozes a este importante setor da sociedade. Destacamos também a iniciativa das centrais sindicais, de fortalecer a luta por meio de uma atuação unitária, instrumento que só fortalece a luta da classe trabalhadora.
Enfim, nestes 33 anos defendemos o crescimento econômico com distribuição de renda, a valorização do trabalho, o desenvolvimento sustentável e a modernização da organização sindical. Nossa tarefa continua a constante busca de uma sociedade mais justa, com empregos, renda, moradia e educação de qualidade para todos.
E, neste momento de reflexão, reconhecemos os desafios e sabemos da necessidade de construção de um caminho que reorganize e fortaleça a luta sindical. Estamos atualmente, por exemplo, na luta constante pelo fortalecimento das negociações coletivas e modernização do modelo sindical.
Nesse sentido, os trabalhadores entendem que é possível pensar um novo Brasil com um projeto de desenvolvimento econômico e social que busca a melhoria da qualidade de vida, com redução das desigualdades e distribuição de renda, e que seja economica e ambientalmente sustentável nas diferentes regiões do país.
Força, trabalhadores! A Luta Faz a Lei!
Miguel Torres, presidente da Força Sindical