Durante a realização da 5ª Jornada Nacional de Debates do Dieese, vários diretores e sindicalistas da Força Sindical estiveram presentes no evento
A mesa contou a participação do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), e as presenças na plateia dos companheiros José Pereira dos Santos (Pereira), Josinaldo José de Barros (Cabeça), respectivamente presidente e vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, e Roberto Anacleto dos Santos – Técnico da Subseção DIEESE/CNTM.
Realizada no auditório da Escola Dieese de Ciências do Trabalho, a 5ª Jornada Nacional de Debates do Dieese foi encerrada na quinta-feira (14 de abril) com a etapa de São Paulo, que contou a presença de aproximadamente cem participantes, após passar por 27 estados brasileiros com o tema “Negociações coletivas em tempos de crescimento econômico”.
Segundo os organizadores, mais de mil participantes já haviam participado das plenárias que aconteceram em diversas regiões do País durante o ciclo de debates.
A intenção das Jornadas Nacionais de Debate é que se consolidem como um momento para o movimento sindical refletir sobre as negociações coletivas (data-base).
Neste sentido, promoveu-se um debate nacional simultâneo com o movimento sindical, aportando elementos para estratégias articuladas de ação e difundir um modo de pensar a relação entre a conjuntura e a ação sindical.
As Jornadas também são momentos importantes para o atendimento às entidades sócias do departamento e aproximação às entidades não sócias.
Objetivos da 5ª Jornada Nacional de Debates:
- Demonstrar que, embora haja uma desaceleração do crescimento brasileiro 2011, em comparação com 2010, a perspectiva é de continuidade.
- O crescimento sustentável, aliado à democracia, traz um cenário bastante favorável à disputa por um projeto de desenvolvimento com recorte distributivo.
- Destacar os elementos gerais da perspectiva econômica e social do cenário futuro e que terá efeito sobre as campanhas salariais.
Um dos destaques foi à apresentação do balanço das negociações salariais (realizado pelo 15º ano consecutivo) que demonstrou que o ano de 2010 teve a maior proporção de negociações com aumento real nos salários de toda a série, iniciada em 1996, com 89% das negociações dos setores da indústria, do comércio e de serviços conquistando ganhos reais para os trabalhadores. Em 2003, apenas 19% dos reajustes obtiveram ganho real.
Escola Dieese de Ciências do Trabalho
A presidente do DIEESE, Zenaide Honório, agradeceu a presença dos representantes das centrais sindicais (Força Sindical, CGTB, CTB, CUT, Nova Central, UGT e Conlutas) ressaltando a importância dos debates para municiar os trabalhadores com informações.
Ela informou que, após a última etapa de avaliação do Ministério da Educação (MEC), a Escola Dieese de Ciências do Trabalho foi aprovada para início de suas atividades através do curso em Ciências do Trabalho. E, depois de várias décadas de existência, os trabalhadores enfim terão a sua disposição um grande instrumento para ajudar na qualificação profissional. Com uma proposta pedagógica diferenciada, a educação a partir do olhar do trabalhador.
A Dieese de Ciências do Trabalho funcionará na Rua Aurora, nº 957, República, em São Paulo/SP.
Durante sua saudação inicial, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), disse que “foi um grande acerto fazer as discussões via Jornadas em todos os Estados e desta forma discutir a melhoria da renda do trabalhador. Por isso, é importante que as centrais sindicais continuem sendo solidárias umas com as outras unidas na luta por objetivos comuns”.
O coordenador de relações sindicais do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira, ressaltou que em 2001 o País tinha 27,1 milhões de empregos formais e em 2010 o número estava em 43,3 milhões de empregos com carteira de trabalho assinada. “A principal política pública para o crescimento do Brasil foi à recuperação do salário mínimo desde o início do governo Lula (54%). Isso atinge diretamente 47 milhões de pessoas e reflete positivamente nos aumentos dos pisos da categoria. Salário mínimo é ação do Estado transferindo renda para quem mais precisa”.
Por Roberto Anacleto dos Santos, Técnico da Subseção DIEESE/CNTM
e Redação CNTM www.cntm.org.br