A Força Sindical entrará com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal) e fará protestos em todos os Estados contra a decisão tomada pelo Codefat (Conselho do Fundo de Amparo do Trabalhador), nesta quinta-feira, 15 de agosto, de reajustar o seguro-desemprego pelo INPC (Índice Nacional de Preços).
A Força Sindical, juntamente com as demais centrais, defende que a elevação das parcelas dos benefícios seja atrelada ao salário mínimo. Alertamos que a medida tirada da cartola pelos tecnocratas do Ministério da Fazenda para fazer superávit primário só trará prejuízos para a sociedade brasileira.
Não vamos permitir esta insensibilidade social, visto que a medida prejudica quem mais precisa de ajuda, que são os desempregados. A diminuição dos valores das parcelas impede que o seguro-desemprego atinja o seu real objetivo, de dar amparo social de maneira ampla às pessoas que perderam seus empregos e, consequentemente, suas rendas.
A medida é cruel já que resultará em perdas irreparáveis para os desempregados, retirando direitos dos trabalhadores previstos na Constituição de 1988. Lamentamos que o governo tenha feito desonerações de bilhões de reais em diversos setores da economia sem cobrar contrapartidas sociais como forma de evitar a rotatividade de mão de obra.
O achatamento do reajuste do seguro-desemprego é fruto da intransigência, da falta de diálogo e de sensibilidade do governo.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força)
Presidente da Força Sindical