A Carta das Centrais Brasileiras para a RIO+20 – “Desenvolvimento Sustentável com Trabalho Decente” – subscrita por Força Sindical, Nova Central, UGT e CTB – se tornou o principal instrumento do protagonismo da Força Sindical na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável solicitada pela Força Sindical carioca.
O documento é uma síntese do que pensam as quatro centrais, que juntas representam mais de 60% dos trabalhadores brasileiros, e pontua posições históricas do sindicalismo. A carta foi redigida por Ruth Monteiro, diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Central, que leu seu conteúdo na audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, no dia 11 de junho, tendo como proponente o deputado Paulo Ramos (PDT), a pedido do presidente da Força Sindical/RJ, Francisco Dal Prá, secretário de finanças da CNTM.
FS-RJ Foto de Bruno Firmo
Dal Prá destaca a importância da mobilização
O conteúdo da carta foi apresentado pelos dirigentes da Força Sindical em contatos e reuniões feitas com sindicatos globais, personalidades do Mundo do Trabalho e autoridades que participaram da Assembleia Sindical Internacional sobre Trabalho e Desenvolvimento, realizado no Hotel Windsor Guanabara, entre 11 e 13 de junho, no Centro do Rio de Janeiro, com centenas de sindicalistas de todo o planeta.
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a presidente da International Trade Union Confederation (ITUC), Sharan Burrow, e o coordenador da Unione Italiana del Lavoro (UIL), Andrea Costi, receberam o texto, que destaca a necessidade de um programa de proteção social global, incluindo a recomendação da Conferência Internacional do Trabalho (CIT) sobre o Piso de Proteção Social, que leve em conta os três pilares do desenvolvimento sustentável: o social, o econômico e o ambiental, como meta estabelecida para 2020.
REVISTA
A Força Sindical também elaborou uma revista em que expressa suas posições no campo ambiental. Intitulada “Desenvolvimento com Trabalho Decente”, a publicação apresenta a participação da Central desde a Rio-92 e a característica dos biomas brasileiros, entre outros temas. No editorial, o presidente da CNTM e em exercício da Força Sindical, Miguel Torres, declara que “a implementação da economia verde deve estar condicionada à propostas dos trabalhadores, que defendem o respeito à natureza e a proteção ao meio ambiente de trabalho”.
Cabe destacar que a questão ambiental sempre pautou as ações da Força Sindical. Em julho de 1991, três meses após a fundação, a Central publicava em sua primeira revista um artigo intitulado “Defesa do Meio Ambiente”, de autoria do economista e fundador do Partido Verde, Domingos Fernandes. Um dos coordenadores do grupo da Força no Rio de Janeiro, Lélio Falcão, presidente da Organização Não-Governamental Força Verde e diretor de Meio Ambiente da Força Sindical-RS, é promotor da Conferência Internacional do Bioma Pampa, nas cidades-gêmeas de Rivera, no Uruguai, e Santana do Livramento, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Na sexta edição, o evento prega a mudança da legislação para permitir a geração de empregos no pampa gaúcho, sem devastar a natureza.
DUAS DÉCADAS APÓS
A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (RIO+20) ocorre 20 anos depois da Rio 92 e deve reunir 130 chefes de estado, que têm a missão de avançar no dilema entre preservação ambiental e desenvolvimento, com trabalho decente e sustentabilidade. De 13 a 15 de junho acontecem as últimas negociações sobre o documento que será levado aos chefes de estado e, entre os dias 16 e 19, o governo brasileiro organizará mesas de debate sobre temas ligados à sustentabilidade, com a presença de especialistas. O “Segmento de Alto Nível” reúne presidentes e líderes governamentais entre os dias 20 e 22.
Por Assessorias de Imprensa da Força Sindical, Força Sindical-RJ (Marcelo Peres) e Redação CNTM