Metalúrgicos da Renault/Nissan aceitam nova proposta e encerram greve. Volks não melhora oferta e paralisação continua.
Montadora alemã é a única a ainda continuar parada. Greve na empresa completa hoje, 05, cinco dias.
Aos poucos, a greve dos metalúrgicos das montadoras da Grande Curitiba vai acabando, e as conquistas, aparecendo. Hoje, 05, foi a vez dos trabalhadores da Renault/Nissan aprovarem a proposta apresentada pela empresa na noite de ontem e encerrar a paralisação iniciada na última segunda-feira, dia 1º.
Em assembléia, os cerca de 4 mil funcionários da fábrica aceitaram a oferta da empresa de 2,5% de aumento real e reposição integral da inflação acumulada nos últimos doze meses (estimada pelo Dieese em 7,6%), totalizando cerca de 10,1% de reajuste no salário, aplicados já no mês de setembro. Além disso, haverá um abono dividido em duas partes: R$ 1,5 mil a ser pago na segunda, dia 8, e outra de R$ 100,00 para o próximo dia 19.
Guilherme Ochika
Assembléia na Renault
Ficou decidido também que os quatro dias de greve não serão descontados do salário, mas sim, do banco de horas dos trabalhadores. A negociação avançou bastante em relação à primeira proposta, que era de apenas 0,5% de aumento real e mais a inflação do período, sem abono.
Já na Volkswagen a situação permanece a mesma, ou seja, a greve continua por tempo indeterminado. Isso porque a empresa não apresentou nenhuma nova proposta aos trabalhadores. A montadora alemã tinha agendado uma reunião para o início da tarde de ontem com diretores do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), mas simplesmente não apareceu. Com isso, a paralisação entra hoje em seu quinto dia.
André Nojima
Mobilização na Volks
Uma nova assembléia está marcada para a manhã de segunda-feira, dia 8, às 5h30. Se até lá a empresa não melhorar sua oferta, a tendência é de que a greve continue. A proposta atual da Volks, rejeitada em assembléia pelos metalúrgicos, é a seguinte: 2,5% de aumento real e os 7,6% referentes à correção da inflação para serem aplicados em novembro, além de um abono de R$ 1,5 mil para setembro. Com os cinco dias de greve, os prejuízos da Volks aumentam cada vez mais. Cerca de 4,2 mil veículos deixaram de ser fabricados nesse período.
Fonte para entrevistas: Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba – (41) 8409.6353
Eleno Bezerra: presidente da CNTM (11) 3388-1003/ 9601-9511
Texto de Guilherme Ochika – Depto. de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) – Fones: (41) 3219-6461 / 8866-8798