Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

SÃO PAULO – A cidade de São Paulo vai sediar três grandes eventos neste 1º de maio, em comemoração ao Dia dos Trabalhadores. Nesta data, centrais sindicais realizarão shows, atos políticos e prestações de serviço que devem reunir cerca de 1,870 milhão de trabalhadores. O trânsito será monitorado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), e policiais militares, bombeiros e seguranças particulares farão a segurança dos locais.

A festa da Força Sindical será realizada na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte, a partir das 7h. É a maior das comemorações ao 1º de maio do Brasil. Sozinha, a entidade deve reunir 1,5 milhão de pessoas. A temática da festa será “Toda Força pelo Trabalho Decente”. “O tema ganha importância neste momento de incertezas econômicas onde percebemos tentativas de se retirar o direito dos trabalhadores”, disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.

As empresas Brahma, Casas Bahia e Nestlé, e os bancos Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal e Itaú são patrocinadores do evento, que custará R$ 3 milhões. A comemoração trará shows de Leonardo, Daniel, César Menotti e Fabiano, Edson e Hudson, Padre Marcelo Rossi, Zezé Di Camargo e Luciano, entre outros. Na ocasião serão sorteados 20 carros zero-quilômetro.

As centrais sindicais UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), em parceria com o Instituto Ayrton Senna, também realizarão uma comemoração, na Avenida São João, no centro, às 13h. Patrocinada por Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Pão de Açúcar, Carrefour, Renner e Furnas, a festa custará R$ 1,3 milhão, R$ 100 mil a mais do que a festa do ano passado, realizada em Carapicuíba.

A estimativa de público é a mesma, e deverá reunir 200 mil pessoas. Diferentemnte das outras centrais, a CUT não fará a sua festa no centro. O evento acontece em dois locais, na zona sul, na Avenida do Arvoreiro, 395, Parque das Árvores, Cidade Dutra, e na zona leste, na Avenida Barão de Alagoas, Praça Lions, Itaim Paulista. Além do local – em 2008 a festa foi realizada no Autódromo de Interlagos -, este ano a CUT vai mudar também o formato da comemoração. Não haverá realização de megashows, mas continuam as ações sociais como emissão de documentos e orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis.

Aproximadamente 170 mil trabalhadores devem participar. A CUT prevê um gasto bem menor este ano, em relação a 2008, quando 800 mil pessoas compareceram à comemoração, que – distribuída em quatro locais – consumiu R$ 2,5 milhões. A entidade, no entanto, não revelou o valor.

Crise e comemoração

A crise financeira mundial também fará parte do tema das festas dos trabalhadores. “Nós vamos passar às pessoas que tenham tranquilidade em momentos de adversidade”, disse o presidente da UGT, Ricardo Patah.

Todas as centrais farão discursos políticos, durante as comemorações, a favor da manutenção do emprego nas empresas. “No nosso evento, são três as centrais, mas o tema da manutenção de empregos vai entrar em todas. Pois são destinados milhões de recursos a micro e pequenas empresas do governo, mas eles estão deixando de cumprir o seu papel social de manter os empregos”, disse Patah.