Na terça-feira (31), sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos de Goiás (FEM-GO) foram recebidos nas sedes do Ministério do Trabalho e do Ministério da Educação, em Brasília. Um projeto reivindicando cursos de formação profissional para trabalhadores desempregados nas cidades de Catalão, Anápolis, Itumbiara, Rio Verde, Goiânia e região metropolitana foi entregue aos representantes das pastas do governo federal.
De forma receptiva, o atual Ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira ouviu prontamente as solicitações dos dirigentes sindicais. Ele elogiou o projeto apresentado pelos sindicatos que revela um diagnóstico da realidade do Estado de Goiás e o desmembramento por regiões a serem atendidas em possível parceria com o governo.“É importante termos em mãos este estudo, pois nas antigas gestões do Ministério a oferta de cursos era distribuída de forma verticalizada para todo o País, mas sabemos que cada região tem suas necessidades específicas”, lembra.
O secretário Leonardo Arantes, da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE), também participou da audiência e garantiu que o MTE já está trabalhando para retomar a qualificação ‘à todo vapor’. Segundo ele, por conta de gestões anteriores, a pasta está respondendo a vários acórdãos no Tribunal de Contas da União (TCU) e por isto está impedida de realizar alguns projetos.
“Em curto prazo não conseguimos executar a demanda apresentada pela FEM-GO, mas continuaremos debatendo com os sindicatos sobre as necessidades, pois os considero legítimos representantes dos trabalhadores e profundos conhecedores da realidade das regiões apresentadas”, ressalta o secretário.
Já no Ministério da Educação, a reunião aconteceu com o secretário Marcos Viegas e o diretor de integração Gustavo Estevão, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). Ambos relataram que, devido às mudanças que aconteceram recentemente, um levantamento está sendo feito no órgão para avaliar o que está sendo desenvolvido.
“São 11 milhões de desempregados e não podemos ficar de braços cruzados. É preciso pensar ações que ajudem o País a se recuperar da crise. Assim que tivermos o resultado do levantamento, queremos dar uma resposta positiva ao pessoal de Goiás”, afirma Viegas. “Se existe uma área que tem que ser valorizada, é a educação. Educação é fundamental para que possamos promover o desenvolvimento”, conclui Estevão. Segundo os representantes da Setec, o projeto elaborado pela FEM-GO será entregue nas mãos do Ministro da Educação Mendonça Filho.
Durante os encontros, o presidente do SIMECAT e da FEM-GO, Carlos Albino, diretor de finanças da CNTM, demonstrou o caráter emergencial das demandas. “Estamos com índice muito alto de demissões nas cidades e promover cursos de qualificação é assegurar que o trabalhador que hoje está desempregado estará preparado para as próximas oportunidades no mercado de trabalho”, explica. Albino considerou positiva as reuniões. “Apesar de não termos nada concreto ainda, o ministro e o secretário terem nos recebido é o sinal de uma porta aberta para nossa futura parceria em prol dos milhares de pais de família que estão enfrentando situação de desemprego”, lembra.
Participaram das audiências nos Ministérios do Trabalho e da Educação, o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT), de Goiânia (SindMetal), de Itumbiara (Sitrame), de Anápolis (Sindmetana) e o Sindicato Metabase, todos representados pela FEM-GO na ocasião.
Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT