Foto Ricardo Flaitt
Miguel Torres, Magrão, Jorginho, Eliseu e Cabeça representando os trabalhadores
Dirigentes da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo reuniram-se nesta quinta-feira, 4 de outubro, com representantes do Grupo 3/Sindipeças pela primeira rodada negocial da Campanha Salarial 2012. A reunião foi realizada às 14 horas, na sede da Federação (rua Pará, 66, Higienópolis, São Paulo).
De acordo com estudo do Dieese, publicado no boletim “Metalúrgicos”, dos Sindicato de Guarulhos, “os dados desmontam o discurso de crise, pois de 2002 até 2011, o faturamento do setor de autopeças saltou de R$ 33 bilhões para R$ 91,5 bi. O crescimento percentual, nesse período, foi de 176%”.
Para Miguel Torres, presidente da CNTM/Força Sindical e dos Metalúrgicos de São Paulo, “os patrões reclamam da situação, fato que não corresponde com os dados. É preciso, neste momento, levar em consideração que o movimento sindical foi parceiro em várias questões para aumentar a competitividade do setor de peças no Brasil. Agora é a hora de haver uma contrapartida, senão fica uma parceria com dois pesos e duas medidas”, ressaltou.
A Federação congrega 54 sindicatos da categoria, que representam cerca de 800 mil metalúrgicos no Estado de São Paulo, com data-base em 1º de novembro.
Sob o tema “Emprego, Trabalho Decente e Salário Digno”, a Campanha Salarial 2012 tem como bandeiras de luta: reposição salarial, aumento real, redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais (sem redução salarial), valorização do Piso, fim do teto de aplicação do reajuste e fim das terceirizações.
Para Claudio Magrão, presidente da Federação, “é preciso que os patrões ajam com bom senso e discernimento, pois não há Brasil com desenvolvimento sem uma classe trabalhadora forte”, afirmou.
As negociações da Campanha Salarial são realizadas entre a Federação dos Metalúrgicos e 10 grupos patronais.
O Grupo 3 é constituído pelo Sindipeças (Sindicato Nacional das Indústrias de Componentes para Veículos Automotores), Sindiforja (Sindicato Nacional da Indústria de Forjaria) e Sinpa (Sindicato das Indústrias de Parafusos, porcas, rebites e similares no Estado de São Paulo).
Por Ricardo Flaitt, Alemão (Imprensa Federação) e Agência Sindical
Matéria anterior