Já foram liberados pela em torno de R$ 8,5 milhões em dinheiro, mas o jurídico do sindicato mantém os pedidos de bloqueio de bens de aproximadamente R$ 196 milhões em penhora de máquinas e equipamentos
A tarde de 9 de outubro ficou gravada na vida de vários ex-funcionários da Dedini que já haviam perdido a esperança de receber suas verbas rescisórias.
Foi o caso de Antônio Carlos Fernandes, que trabalhou há 43 anos na empresa e foi demitido em 2011. “Não tinha mais nenhuma perspectiva de receber esse dinheiro. É um dinheiro nosso, fizemos por merecer, pois trabalhamos para isso, mas já tínhamos perdido as esperanças. Quando recebi a ligação que era para vir aqui receber, fiquei emocionado. Só tenho a agradecer a essa diretoria, Parabéns aos diretores pelo seu trabalho e, principalmente, na transparência em mostrar o que tem feito de benefício aos trabalhadores, muito obrigado”, garante o ex-funcionário.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sertãozinho e Região, Samuel Marqueti, “essa foi uma vitória que conseguimos no desbloqueio da verba da Ambev a Dedini. Conseguimos que o juiz destinasse parte dessa verba para o pagamento da rescisão dos ex-funcionários que foram demitidos em anos anteriores. O mais importante é que esse dinheiro saiu e agora está movimentando a economia local, ainda mais nesse momento de crise”, conclui.
No total a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sertãozinho e Região conseguiu o desbloqueio de aproximadamente R$ 8,5 milhões em dinheiro para o acerto de contas dos funcionários e ex-funcionários e seu jurídico mantém um bloqueio em torno de R$ 196 milhões em bens da Dedini.
O advogado Jorge de Souza, jurídico do Sindicato informa que, “ além do bloqueio de R$ 8,5 milhões que foi utilizado para pagamento dos funcionários e dos processos da Dedini, também entramos com ações para bloqueio de bens no total de aproximadamente R$ 196 milhões em penhora de máquinas e equipamentos para garantir os pagamentos dos funcionários, demitidos e contratados”.