Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Empresários vão debater rumos do setor com governo e economistas

Valor Econômico 

Com crescimento lento da demanda de aço brasileira, depressão nas margens de ganho das siderúrgicas, crise econômica e financeira nos países da Eurozona e desaceleração da China, empresários do país reúnem-se de amanhã a quinta-feira, em São Paulo, para discutir vários temas que afligem a indústria siderúrgica.

Em diversos painéis, empresários e executivos do setor vão debater com especialistas internacionais, economistas e representantes do governo questões que afetam a competitividade da siderurgia do país. Os principais pontos abrangem custos de energia e de matérias-primas, a elevada carga tributária brasileira, o câmbio, importações e os efeitos da desindustrialização.

O 23º Congresso Brasileiro do Aço pretende apontar, principalmente ao governo, fatores que o setor aponta como cruciais na sua perda de competição. Tanto dentro do país – na briga com material importado – quanto na exportação.

Entre os convidados destaca-se o economista e professor de finanças da Universidade de Chicago, Raghuram Rajan, que é ex-economista-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional) e autor do livro “Fault Lines: How Hidden Fractures Still Threaten the World Economy”. Ele falará no painel sobre a situação da economia mundial.

O evento, que tem presença prevista dos ministros Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), no segundo dia, e Guido Mantega, da Fazenda, no encerramento, contará também com o diretor-geral da World Steel Association, que representa mais de 60 países produtores de aço, Edwin Basson. Ele vai discutir, com outros convidados, como o presidente da Associação Latinoamericana do Aço (Alacero), o cenário mundial do setor.

No momento, a previsão é de alta de 6,3% no consumo latino-americano de aço neste ano e 6% em 2013, puxada principalmente por planos de investimentos em infraestrutura e na construção. Globalmente, devido à crise na Europa e desaceleração da economia da China, estima-se expansão de 3,6%, abaixo do previsto.

O presidente da Vale, Murillo Ferreira estará no painel sobre as perspectivas do mercado de minério de ferro. A perda de competitividade do setor industrial no país será debatida com dirigentes da Abimaq, Força Sindical, Iedi e Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil. Estão previstos ainda a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o economista André Lara Resende e o ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Neto. (IR)