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Empresários elogiam o corte

Diário do Comércio

O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, elogiou na noite de ontem a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), de reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual.

“A decisão do Copom é extremamente positiva e se justifica tendo em vista não apenas a continuidade do cenário internacional de grande incerteza, como, especialmente, os indicadores recentes da economia brasileira. Enquanto os índices de preços mostram desaceleração, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto do País, de 2,7% em 2011 – sendo apenas 2,5% da produção nacional (Valor Adicionado) e 4,3% dos impostos – revela que o ritmo de atividade está abaixo da capacidade da economia”, disse Rogério Amato. 
 
“Preocupa, particularmente, a situação do setor industrial e a valorização do real, que deve ser afetada pelo excesso de liquidez dos países desenvolvidos, o que parece indicar a necessidade de continuidade da política do Banco Central de redução da taxa básica de juros”, acrescentou o presidente da ACSP.
 
Ação – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou o corte na Selic como “indispensável” para o País enfrentar o quatro atual de enfraquecimento da atividade econômica, em especial da indústria. “Esse quadro e a expansão da liquidez internacional justificam a ação mais agressiva do Banco Central”, afirmou a entidade em nota. A CNI observou que ainda há necessidade de novos cortes na taxa básica de juros do País.
 
Já a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) avaliou que a medida do Copom “é bem-vinda, mas chega atrasada e, sozinha, é insuficiente para impulsionar a economia do País.” Em nota divulgada, o presidente da entidade, Paulo Skaf, afirmou: “O governo precisa implantar um conjunto de medidas que seja capaz de mudar qualitativamente a situação da indústria. Precisamos de ações imediatas para recuperar a competitividade brasileria em relação ao câmbio, juros, custo de energia e infraestrutura para que o nosso País pare de exportar empregos.”
 
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) disse que já esperava o corte. Para a FecomercioSP, um fator adicional que abre espaço para uma queda maior é o fato da taxa de crescimento do PIB no último trimestre de 2011 ter sido de apenas 1,4%. 
 
A Força Sindical, em comunicado do presidente Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse que “a queda na taxa Selic é tímida e insuficiente para aquecer o consumo no Brasil, gerar emprego e melhorar o PIB.” A Força disse que o governo precisa ser mais ousado. “Juros em patamares estratosféricos sangram as riquezas.”