Lúcia Rodrigues, Agência Indusnet Fiesp
O presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de SP, Paulo Skaf, se reuniu nesta segunda-feira (9/3), na sede da Fiesp com os representantes das centrais sindicais.
No encontro que reuniu empresariais de diversos setores e representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) foi aprovada a criação do Comitê de Ação Permanente contra aumento de imposto.
Os líderes foram unanimes contra a mudança no projeto de desoneração da folha de pagamento, a Medida Provisória 669, devolvido pelo Senado, na semana passada, ao Governo e que agora passa a ser um projeto de lei, assinado pela presidente Dilma Rousseff em caráter de urgência.
Skaf esclareceu que a reunião é a favor do Brasil. “Não é contra ninguém, contra governo nenhum, a favor de governo nenhum, nem ligado a partido nenhum, uma coisa totalmente apolítica e apartidária e tem foco realmente nesse momento que preocupa todo o país.”
Além disso foi aprovado pelo comitê, três itens iniciais de combate. São eles: menos juros, menos impostos e menos gastos públicos. “Queremos ver do governo, e isso vale para todos os governos, redução de cargos comissionados, ministérios e secretarias”, afirmou o presidente da Fiesp.
“A partir de agora, todos nós juntos vamos cerrar fileiras contra as Medidas Provisórias 664 e 665”, enfatizou Skaf.
As MPS 664 e 665 enviadas pelo governo federal no fim do ano passado alteram as regras de acesso a benefícios como seguro-desemprego, seguro-defeso e pensão por morte.
As propostas já estão em vigor desde o último dia 28 de fevereiro e devem ser analisadas em breve pelo Congresso Nacional para que viram lei definitiva, caso contrário, perderão a validade.
Skaf disse ainda que a luta é “por menos juros, menos impostos e menos gastos públicos”.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse que o encontro entre empresários e sindicalistas promove a união de ações para o bem do Brasil e não contra ninguém. “O Estágio em que estamos vivendo hoje é o paciente que está na UTI e o oxigênio está acabando e ninguém está vendo chegar a reposição daquele oxigênio.”
“Hoje tivemos um ganho muito importante aqui, que é a união de todos os trabalhadores e de todos os empresários pelo desenvolvimento do Brasil”, concluiu o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas.