Serão criadas 139 mil vagas até o final do ano, segundo entidade do setor; 70% dos postos virão do comércio
Estabilidade econômica e ascensão de pessoas para a classe C explicam o otimismo em relação ao aumento das vendas
GUILHERME CHAMMAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Maior renda e aumento do consumo favorecem a criação de empregos temporários para o final do ano no comércio e na indústria. Até dezembro serão criadas 139 mil vagas temporárias de trabalho em todo o país, crescimento de 11% em relação ao mesmo período de 2009.
Caso a previsão se confirme, será o melhor resultado da série histórica, que começou em 2006. Esses números são de pesquisa da Asserttem (associação das empresas de serviços terceirizáveis e de trabalho temporário).
Segundo Vander Morales, presidente da associação, o mercado está otimista com a estabilidade econômica e com a ascensão de brasileiros para a classe C.
Para quem busca um trabalho temporário, as ferramentas são diversas, entre elas a realização de um cadastro no site da Asserttem (www.asserttem.com.br).
“Além do cadastro, sugerimos levar o currículo aos shoppings e às lojas de rua. O interessado também pode procurar a administração dos shoppings e deixar seu currículo”, diz Jismália Alves, diretora de comunicação da Asserttem.
Desses postos de trabalho, 70% devem ser criados pelo comércio e 30% pela indústria. Além disso, cerca de 39 mil postos podem se tornar efetivos, segundo a associação. Os jovens também devem ser beneficiados. Estima-se que 30% das posições sejam ocupadas por quem busca o primeiro emprego.
Segundo o Sebrae (serviço de apoio às micro e pequenas empresas), os pequenos empreendimentos vão expandir seus quadros para a demanda sazonal de fim de ano.
Para Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae, isso é explicado pela dispersão dos negócios. “Cada pequena empresa empregar poucos não significa que o segmento [pequenos negócios] não empregue muita gente. Os pequenos têm mais flexibilidade, reagem bem às mudanças conjunturais.”
A Alshop (associação de lojistas de shopping) também está otimista, e prevê que 130 mil vagas serão criadas até o final do ano, 10% mais que em 2009.