Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Notícias

Emprego segue crescendo no país com quase 35 mil novas vagas em março


Pela primeira vez no ano, os dois maiores estados do país apresentaram desempenho positivo. São Paulo gerou 34.231 postos e Minas Gerais, 9.399. “Março é o mês da virada do Brasil”, destacou o ministro Carlos Lupi

Foto: Renato Alves

Ministro Carlos lupi durante coletiva sobre caged de março 2009

CAGED

Ministro Carlos Lupi anuncia os números da geração de empregos de

março de 2009

 

Brasília, 15/04/2009 – Em março de 2009, o emprego formal cresceu 0,11% em relação ao estoque do mês anterior, representando a geração de 34.818 novos postos de trabalho. Esse comportamento dá continuidade à trajetória de crescimento iniciada em fevereiro, quando foram criadas 9.179 vagas, revertendo o quadro negativo dos três meses anteriores. Este foi o melhor resultado mensal de 2009 e o segundo mês consecutivo de crescimento. Foi o que divulgou esta quarta-feira (15) o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em coletiva em Brasília.

O número de admissões em março foi de 1.419.511, o segundo maior da série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para março, muito próximo do recorde ocorrido em março de 2008 (1.433.140).Nos últimos 12 meses, o emprego formal elevou-se em 2,7%, resultante do acréscimo de 840.013 postos de trabalho.

“Como eu já previa no início do ano, março está sendo o mês da virada. O Brasil está mostrando a força da sua economia, sobretudo de seu mercado interno. Portanto, a minha perspectiva para abril segue sendo otimista, com a recuperação também dos setores mais voltados para a exportação”, disse o ministro Carlos Lupi.

Entre janeiro de 2003 a março de 2009 foram gerados  7.663.221 postos de trabalho. O estoque de trabalhadores celetistas no país é de 31.935.551.

Setores – A expansão do emprego foi quase generalizada em março. Dentre os oito grandes setores de atividade econômica, apenas a Indústria de Transformação e o Comércio registraram desempenho negativo no mês. Serviços, Construção Civil, Agricultura e Administração Pública foram os destaques positivos no mês.

Serviços gerou 49.280 postos (0,39% no estoque de emprego), obtendo o quarto melhor saldo da série histórica do Caged para o período. Esse desempenho decorreu do aumento de cinco dentre os seis ramos que integram o setor, com destaque para Ensino (+19.143 postos ou +1,58%, o segundo melhor saldo da série), Serviços de Comércio e Administração de Imóveis (+16.956 postos ou +0,50%, a terceira maior geração de empregos para o período) e Serviços Médicos e Odontológicos (+5.566 postos ou +0,42%, o segundo melhor resultado da série histórica do Caged). O segmento das Instituições Financeiras foi o único que não expandiu o contingente de assalariados com carteira de trabalho, ao registrar uma tênue queda (-239 postos ou -0,04%).

A Construção Civil, com o incremento de 16.123 postos (+0,83%), apresentou uma reação em relação ao mês de fevereiro (+2.842 postos ou +0,15%), registrando o terceiro melhor resultado para o mês de março na série do Caged. O setor da Administração Pública obteve saldo recorde para o período, ao responder pelo aumento de 7.141 empregos (+0,90%), e o setor da Agricultura assinalou uma melhora em relação ao resultado de fevereiro último (+957 postos ou +0,06%), ao registrar uma elevação de 0,47%  ou criação de 7.238 empregos no mês de março, o quarto melhor resultado para o mês da série histórica.

A Indústria de Transformação manteve sua trajetória declinante (-35.775 postos ou -0,49%), reduzindo, no entanto, o ritmo de queda em relação a fevereiro (-56.456 postos  ou -0,77%), uma reação de quase todos os segmentos que integram o setor. As exceções ficaram por conta da Indústria de Produtos Minerais não Metálicos  (-2.695  em  março,  ante -1.129 em fevereiro)  e da Indústria de Papel Papelão (-2.647 postos em março , ante -2.009 postos em fevereiro). 

“Ouso afirmar que em abril a Indústria de Transformação já apresentará resultado positivo da geração de empregos, sobretudo porque a curva está se revertendo. Os estoques estão começando a se esgotar, temos grandes vendas no Comércio e no setor metarlúrgico, sobretudo por conta da ação do Governo. Assim, a necessidade de voltar a produzir, vai levar a novas contratações. Assim como a demissão é um dos principais reflexos do momento de crise, a contratação mostra como o mercado se recuperou e está voltando a caminhar no país. O Brasil é sem dúvida um dos primeiros países a reagir à turbulência internacional”, destacou Lupi.

No mês de março, verificou-se também  que a redução  decorreu ainda do declínio de 10 dos 12 ramos do setor, cabendo destacar as Indústrias Metalúrgica (-11.879 postos ou -1,64%), Mecânica (-7.913 postos ou -1,54%) e de Materiais de Transporte (-5.008 postos ou -1,03%).

Os destaques positivos ficaram com a Indústria de Calçados (+4.418 postos  ou +1,40%) e a Indústria da Borracha e Fumo (+2.577 postos ou + 0,81%), que mantiveram a reação iniciada em janeiro.

O setor Comércio, por sua vez, com a queda de 9.697 postos (-0,14%) apresentou uma tênue diminuição no ritmo em relação ao mês anterior (-10.275  postos ou -0,15%).

Regiões – No recorte geográfico, os dados mostram expansão do emprego em três regiões: Sudeste (+50.277 postos ou +0,28%), Sul (+15.283 postos ou +0,26%) e Centro-Oeste (+15.067 postos ou +0,65%); e redução em duas: Nordeste (-40.208 postos ou -0,85%, por motivos sazonais relacionados ao complexo sucroalcooleiro) e Norte (-5.601 postos ou -0,43%).

Estados – Em termos de Unidades da Federação, pela primeira vez no ano os dois maiores estados do país (São Paulo, +34.231 postos ou +0,33%, e Minas Gerais (+9.399 postos ou +0,28%) apresentaram desempenho positivo, após quatro e cinco meses de queda consecutiva, respectivamente.

“Em março tivemos 15 estados com saldos positivos de emprego, com destaque para o Sudeste, que é o centro econômico do país. Pela primeira vez São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro tiveram resultados positivos ao mesmo tempo. Isto é uma prova inequívoca da recuperação econômica”, ressalto o ministro.

Interior x Áreas Metropolitanas – O nível de emprego no conjunto das Regiões Metropolitanas cresceu 0,04% em relação ao mês anterior, com a criação de 5.615 postos de trabalho. Nesse mês, de forma usual, a geração de empregos foi menor que a registrada nos municípios do interior dos estados desses aglomerados urbanos (+37.723 postos ou +0,33%).

O maior dinamismo do emprego nas áreas não metropolitanas dessas Unidades da Federação está associado, predominantemente, à cadeia sucroalcooleira da região centro-sul do país, que nesse período do ano está em fase de expansão das contratações. Destacaram-se o interior do estado de São Paulo, com a abertura de 37.449 vagas (+0,77%) e o interior do Paraná, com o incremento de 10.355 postos (+0,81%). No caso das Áreas Metropolitanas, os destaques foram Rio de Janeiro (+7.530 postos ou +0,31%, o terceiro melhor resultado da série) e Belo Horizonte (+4.244 postos ou +0,32%).

“O Caged não é pesquisa, não é avaliação, não é interpretação individual de ninguém. São dados formais contabilizados a partir da coleta de informações de movimentação de emprego de 7,1 milhões de empresas em todo o Brasil.”

Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317 – 6537/2430 – acs@mte.gov.br