Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Emprego na indústria tem melhor semestre da história

A geração de emprego na indústria brasileira cresceu 2,7% no primeiro semestre de 2008 – a maior expansão da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Comparando-se o mês de junho com o de maio, o crescimento foi de 0,5%, compensando um recuo acumulado de 0,4% nos dois meses anteriores. Mas a folha de pagamento real não cresceu, oscilando 0,2%. Os números foram fornecidos pelo IBGE nesta segunda-feira (11).

Nos confrontos mais amplos, os resultados de junho foram claramente positivos, com 6,7% de avanço frente ao mesmo mês de 2007 e 6,5% no acumulado do ano. No entanto, avaliando apenas o desempenho do segundo trimestre, o emprego industrial cresceu 2,4%, menos que os 3,1% do primeiro trimestre e que os 3,5% do quarto trimestre de 2007.

Máquinas e equipamentos lideram emprego

No total do país, em termos setoriais, máquinas e equipamentos foi o setor que mais empregou: 10,3%. O dado é visto como positivo, já que o crescimento neste setor tende a se espraiar para os outros, pois indica mais investimentos.

Meios de transporte cresceu 9,9%, seguindo-se máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,4%) e alimentos e bebidas (3,1%) exerceram as principais influências positivas sobre a média da indústria. Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-9,4%), vestuário (-6,3%) e têxtil (-6,1%) foram os impactos negativos mais importantes.

Em relação a junho de 2007, dez dos quatorze locais e doze dos dezoito setores pesquisados aumentaram o contingente de trabalhadores na indústria. Os principais destaques regionais foram: São Paulo (3,6%), Minas Gerais (5,3%) e região Norte e Centro-Oeste (4,1%).

Na indústria paulista, as principais contribuições positivas vieram de máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (16,8%), produtos químicos (19,9%), meios de transporte (9,2%) e máquinas e equipamentos (7,0%); na indústria mineira, as pressões positivas mais relevantes vieram de alimentos e bebidas (10,8%), meios de transporte (13,6%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (19,4%); e na região Norte e Centro-Oeste, alimentos e bebidas (15,4%) foi o principal destaque.

Folha de pagamento estagnada

Em junho, o índice do valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente variou 0,2% em relação ao mês imediatamente anterior. Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram positivos: 6,7% no frente a junho de 2007 e 6,5% no acumulado no ano.

O indicador acumulado da folha de pagamento real nos últimos doze meses mostrou ligeira aceleração no ritmo de crescimento em junho (6,3%), após ter registrado 6,1% em maio e 5,9% em abril. Nos índices trimestrais, o segundo trimestre de 2008 cresceu 6,6% frente ao mesmo período de 2007 e foi 1,0% maior que o trimestre imediatamente anterior – série com ajustamento sazonal. (Fonte: Vermelho)