CNI
Brasília – O emprego cresceu na indústria em agosto passado, pelo 13º mês consecutivo, mas a massa salarial e o rendimento médio recuaram em relação a julho, o que indica não estar havendo pressões salariais no mercado de trabalho do setor. A constatação é da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta terça-feira, 5 de outubro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo a pesquisa, o emprego se elevou 0,8% em agosto, na comparação com julho, no índice sem variações sazonais, completando 13 meses de crescimento intenso e contínuo. A massa salarial e o rendimento real, contudo, caíram 3% e 4,1%, respectivamente, em agosto, ante o mês anterior. “Em um cenário de forte dinamismo do mercado de trabalho, não está havendo pressões salariais no setor”, diz o levantamento da CNI. As horas trabalhadas se elevaram em 0,5%.
De acordo com os Indicadores Industriais de agosto, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que dimensiona a produção, voltou a cair em agosto, com 82,3%, na série dessazonalizada, recuando 0,2 ponto percentual em relação a julho. Embora tenha crescido 2,3 pontos percentuais comparativamente a agosto de 2009, é a quarta queda seguida da UCI, que ficou 0,9 ponto percentual abaixo do patamar pré-crise, em setembro de 2008.
O levantamento da CNI mostra que o faturamento real decresceu 0,3% em agosto sobre julho, na série sem variações sazonais. “Mesmo com a queda de agosto, o faturamento continua sendo a variável que mostra o maior crescimento na comparação com o período pré-crise, com 4,1% mais sobre o nível de setembro de 2008”, assinala a pesquisa.
Na comparação com agosto de 2009, a CNI destaca, entre os 19 setores analisados, o segmento de máquinas e equipamentos, que registrou ritmo mais intenso de crescimento nos indicadores de faturamento, horas trabalhadas e massa salarial.