Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Emprego fica estável, mas salários recuam

Pesquisa do Dieese mostra rendimento médio menor em 4 das 7 metrópoles pesquisadas

(THIAGO SANTOS)
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O nível de emprego ficou praticamente estável em sete regiões metropolitanas pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), mas o rendimento médio real dos ocupados -descontada a inflação- caiu em quatro delas.

O salário médio reduziu-se em Belo Horizonte (-2,1%, R$ 1.378), Distrito Federal (-1,9%, R$ 2.237), Salvador (-0,9%, R$ 1.071) e Recife (-0,7%, R$ 1.086). Cresceu somente em Porto Alegre (1,5%, passando a R$ 1.551) e ficou estável em Fortaleza (-0,4%, R$ 985) e São Paulo (-0,1%, R$ 1.613).

A taxa de desemprego no país teve leve avanço em junho e chegou a 10,7%. O nível é 0,1 ponto percentual acima do registrado em maio.

Nas sete regiões metropolitanas pesquisadas (Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal), houve criação de 86 mil postos de trabalho.

RETOMADA INDUSTRIAL

A área de metal-mecânica, que inclui a produção de metalurgia, eletrônica, informática, máquinas e veículos, entre outras atividades, apresentou o maior crescimento no nível de ocupação entre os meses de maio e junho na região metropolitana de São Paulo, segundo o Dieese.

O emprego cresceu 5,1% no setor, ante 0,2% se considerada toda a indústria da transformação.

De acordo com o economista e coordenador da pesquisa do Dieese, Alexandre Loloian, os fatores que levaram ao crescimento foram o aumento do crédito, os juros baixos, a desvalorização do real, a manutenção da renda dos trabalhadores e as barreiras a importados no país.

O bom desempenho da área de metal-mecânica pode ser, segundo o economista, um indício de aquecimento da economia neste segundo semestre. A área contrata cerca de 35% da mão de obra das indústrias de transformação.