Artigo João Guilherme Vargas Netto
Depois da jornada do dia 26 ficou tudo como antes e, portanto, o ímpeto governista foi derrotado.
A cobertura da mídia grande de maneira unânime ressaltou o apoio dos manifestantes às deformas, mas não pode deixar de dizer que ele se chocará com a vontade da população quando ela for confrontada, por exemplo, com a deforma previdenciária.
Para o movimento sindical dos trabalhadores persiste a tarefa de resistência a ela e de preparação da greve geral de 14 de junho.
O tripé no qual se sustenta a iniciativa dos trabalhadores é formado pela defesa da Constituição, pela exigência do destravamento da economia com a criação de empregos e pela contenção dos danos causados pelas políticas do governo (previdenciária, trabalhista, educacional, de saúde pública, do meio ambiente, cultural, da segurança pública, na infraestrutura, no desmanche do Estado e da soberania nacional).
Continua sendo uma luta defensiva capaz de articular o movimento sindical com todas as outras forças de resistência, por exemplo, com o apoio material, logístico e de pessoal à manifestação dos estudantes e professores no dia 30 de maio em defesa da Educação.
A contenção de danos pressupõe diversas frentes de resistência, objetivas, agregadoras e múltiplas, capazes também de influir no andamento das discussões congressuais.
No complicado tabuleiro político e social em que segue o jogo a relevância do movimento sindical dos trabalhadores precisa se impor, com pautas corretas e empenho mobilizador e unitário.