FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (91 km de São Paulo) disse ontem que a Embraer anunciou à entidade algumas medidas para redução de custos que têm como objetivo combater os efeitos da crise financeira internacional sobre a empresa.
Entre as medidas, está o cancelamento de serviços feitos hoje por empresas terceirizadas e de um programa de estágios em 2009, segundo o sindicato. Os contratos vigentes não serão renovados.
Ainda de acordo com o sindicato, a direção da Embraer não descartou a possibilidade de demissões. E apontou que a empresa, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, precisa tomar medidas agora para enfrentar a crise que pode atingi-la.
“Um espirro da Embraer é uma pneumonia nas empresas pequenas, como parceiras, fornecedoras e subcontratadas que fabricam pequenas peças para a montagem de aviões. Por enquanto, essas são as mais afetadas”, disse Luiz Carlos Candido, diretor do sindicato.
“A Embraer não diz abertamente que vai haver demissões, mas também não desmentiu os boatos que já circulam na fábrica”, afirmou Candido.
A Embraer não se pronunciou a respeito. Em novembro, foi anunciada a revisão na sua estimativa de entregas de jatos para 2009, de 350 para 270 aeronaves.